Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2010 |
Autor(a) principal: |
Bêdo, Taís Rocha de Freitas Oliveira
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Orientador(a): |
Pauletti, Patrícia Mendonça
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Banca de defesa: |
Martins, Carlos Henrique Gomes
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Arakawa, Nilton Syogo
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Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade de Franca
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Programa de Pós-Graduação: |
Programa de Mestrado em Ciências
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Departamento: |
Pós-Graduação
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País: |
Brasil
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Palavras-chave em Português: |
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Área do conhecimento CNPq: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/851
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Resumo: |
Arrabidaea chica (Humb.& Bonpl.) é uma planta da família Bignoniaceae, que é constituída por 113 gêneros e 800 espécies de plantas arbustivas, arbóreas e trepadeiras. As espécies deste táxon encontram-se distribuídas nas regiões tropicais de todo o mundo, sendo de ocorrência freqüente no continente americano. A. chica é também popularmente conhecida como carajurú, capiranga, cipó-cruz, grajirú, crajurú, crajiru, guarajurupiranga, pariri, piranga, calajouru, karajura e krawiru, sendo largamente encontrada na América do Sul, principalmente na Amazônia. O extrato aquoso de suas folhas é amplamente empregado na medicina popular como anti-inflamatório, agente adstringente, no combate de cólicas intestinais, diarréia sanguinolenta e leucorréia, o que evidencia a importância do seu estudo químico e biológico. O objetivo deste trabalho foi avaliar a atividade antibacteriana, antimalárica e inibitória da enzima acetilcolinesterase do extrato etanólico de A. chica e de suas frações (Fr-1-Fr-4). No ensaio de polimerização de heme, as frações Fr-3 e Fr-4 foram as amostras que apresentaram melhores porcentagem de inibição da polimerização de heme, porém os valores foram obtidos em uma concentração 10 vezes maior que a do padrão, indicando que estas frações não são promissoras em termos quantitativos. O extrato bruto e as frações (Fr-1-Fr-4) mostraram resultado negativo no ensaio de inibição da AchE realizado nas cromatoplacas. A Concentração Inibitória Mínima (CIM) foi avaliada frente as bactérias: Haemophilus influenzae, Staphylococcus aureus, Streptococcus pneumoniae, Streptococcus pyogenes, Pseudomonas aeruginosa, Escherichia coli e Klebsiella pneumoniae. O extrato bruto apresentou atividade antimicrobiana moderada (CIM= 300 µg/mL) frente a S. pneumoniae. O estudo fitoquímico da fração hexano (Fr-1), que inibiu moderadamente o crescimento da S. pneumoniae (CIM= 200 µg/mL), permitiu a identificação dos seguintes compostos: palmitato de etila, octadec-9-enoato de etila, estearato de etila e esqualeno. A atividade antimicrobiana de Fr-1 pode estar correlacionada com a presença dos ésteres de ácido graxo identificados por CG-EM. A fração AcOEt (Fr-2), que apresentou atividade antimicrobiana moderada frente as cepas de S. pneumoniae e H. influenzae (CIM= 300 µg/mL), foi submetida a CC. Este procedimento resultou na obtenção da subfração (SUBFR9), que inibiu o crescimento de S. pneumoniae (CIM = ≤ 20 µg/mL), que foi considerada uma atividade satisfatória. Esta subfração mostrou-se ser constituída pelos triterpenos pentacíclicos: ácido ursólico (1) e oleanólico (2), sendo que este é o primeiro relato destes compostos em A. chica. Os valores de CIM obtidos para 1 e 2 frente à S. aureus e S. pyogenes, evidenciam aumento da atividade biológica quando 1 e 2 foram testados na SUBFR-9 evidenciando que devido a purificação houve um aumento na atividade. Por outro lado, os valores de CIM frente a S. pneumoniae, demonstram que estes triterpenos apresentaram atividade semelhante puros ou em mistura. Este resultado confirmou a atividade apresentada pela SUBFR-9, indicando que, provavelmente, os metabólitos bioativos responsáveis pela atividade desta são 1 e 2. Estes resultados corroboram o uso de A. chica como antimicrobiano. Palavras-chave: Arrabidaea chica, atividade antimicrobiana, enzima acetilcolinesterase, malária. |