Intervenções a distância para dor cervical

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Fandim, Junior Vitorino lattes
Orientador(a): Saragiotto, Bruno Tirotti lattes, Costa, Leonardo Oliveira Pena lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Cidade de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação de Mestrado e Doutorado em Fisioterapia
Departamento: Pós-Graduação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/889
Resumo: Contextualização: A dor cervical é uma condição muito comum sendo a quarta condição em termos de anos vividos com incapacidade. Ações inovadoras com o uso de tecnologia para cuidados de saúde, como intervenções a distância, vem ganhando popularidade nos últimos anos. Apesar dos potenciais benefícios e do aumento do número de estudos, não há uma síntese demonstrando se essas intervenções poderiam levar a melhores resultados clínicos para pacientes com dor cervical. Objetivos: Avaliar a efetividade de intervenções a distância para pacientes com dor cervical para os desfechos de intensidade da dor e função comparado a nenhum tratamento, lista de espera, cuidado usual ou outras intervenções ativas em pacientes com dor cervical. Métodos de busca: Realizamos buscas na CENTRAL, MEDLINE, EMBASE e quatro outras bases de dados e duas plataformas de registros de estudos clínicos até maio de 2019. Critério de seleção: Nós incluímos estudos controlados aleatorizados que investigaram a eficácia de intervenções a distância. Consideramos participantes adultos com dor cervical. Foram incluídos estudos controlados aleatorizados que investigaram intervenções a distância comparado com nenhum tratamento, lista de espera, cuidados usuais, ou qualquer outra intervenção. Os desfechos primários foram intensidade da dor e função física. Os desfechos secundários foram qualidade de vida, retorno ao trabalho, constructos psicológicos e eventos adversos. Coleta de dados e análise: Dois revisores selecionaram títulos, resumos, artigos em texto completo, extraíram os dados e avaliaram o risco de viés com a escala de risco e viés da Cochrane Collaboration. Extraímos os dados usando um formulário de dados padronizado relacionado a dados bibliométricos, características do estudo, participantes e intervenção. Meta-análises foram realizadas pelo modelo de efeito randômico. Nós combinamos os resultados em uma meta-análise usando diferença média (DM) ou diferença média padronizada (DMP) e intervalos de confiança a 95% para desfechos contínuos. A qualidade geral da evidência foi avaliada usando a abordagem GRADE. Consideramos as análises em curto, médio e longo prazo. Resultados: Nós incluímos oito estudos controlados aleatorizados (n= 867 participantes). Nós encontramos que intervenções a distância não diferem de cuidados para melhora da dor e função física em todos os períodos de acompanhamento com qualidade da evidência muito baixa a curto, médio e longo prazo. Há baixa qualidade de evidência que intervenções a distância comparado a intervenção mínima foi mais efetivo para melhora da dor a curto (MD -21.4, IC 95% -38.2 a -4.5) e médio prazo (DM -12.2, IC 95% -19.6 a -4.8). E há baixa qualidade de evidência que foi mais efetivo para melhora da função física a médio prazo (DM -9.2, IC 95% -14.4 a -3.9). E há muito baixa qualidade da evidência que intervenções a distância comparado a intervenção presencial similar foram similares para melhora da dor e função física a curto, médio e longo prazo. Não há evidência de eventos adversos. Conclusão: Intervenções a distância demonstraram ter um efeito pequeno comparado com intervenção mínima na melhora da dor e função física. No entanto, intervenções a distância tem efeito similar a cuidado usual na melhora da dor e função física. Ainda há incertezas da evidência sobre a possível efetividade de intervenções a distância para dor cervical.