Metodologias intervencionistas na perspectiva da teoria da atividade histórico-cultural: um aporte metodológico para estudos organizacionais

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2012
Autor(a) principal: Cassandre, Marcio Pascoal lattes
Orientador(a): Bulgacov, Yára Lúcia Mazziotti lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Positivo
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Administração
Departamento: Pós-Graduação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
-
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/2821
Resumo: Este estudo parte da premissa de que as metodologias intervencionistas, originadas da perspectiva da Teoria da Atividade Histórico-Cultural, como parte recente das pesquisas qualitativas em Administração no Brasil, são propostas teórico- metodológicas que devem ser refletidas a partir dos contextos políticos, econômicos, sociais e institucionais das organizações que a utilizam, para análise de contradições e busca por desenvolvimento em atividades produtivas. Compreendendo estas atividades como um fenômeno histórico, complexo, concreto, em movimento e dialético. Em face dessa assertiva, esse trabalho se apresenta como uma narrativa histórica de um processo de aprendizagem expansivo. O percurso histórico ora empreendido utilizou como ferramentas o método da autoconfrontação simples e o Change Laboratory®. A primeira experiência empírica com a ferramenta da autoconfrontação foi realizada com Manipuladoras de Alimentos integradas a um coletivo de uma organização escolar, tendo como base a estratégia metodológica da Clínica da Atividade de Yves Clot. A segunda experiência com o método da autoconfrontação simples teve como base um estudo de caso com uma empresária do ramo de serviços de beleza. A terceira experiência empírica ocorreu junto ao Center for Research on Activity, Development and Learning (CRADLE) da Universidade de Helsinki. A partir das experiências, pode-se considerar que as metodologias intervencionistas analisadas são métodos de ação e de produção de conhecimento, capazes de gerar condições para o diálogo do indivíduo com sua própria ação, com sua história, com o sistema de atividade que está vinculado e com os outros sujeitos envolvidos direta e indiretamente nela. Por fim, foi possível compreender que os praticantes dessas metodologias são sujeitos plenos de possibilidades de desenvolvimento. Sendo a aprendizagem um sistema de atividade coletiva, seus praticantes, ao assumirem um objeto comum, refletem em conjunto as contrições de sua realidade concreta e, a partir de suas próprias ferramentas e compreensões, produzem uma nova atividade