Agência e estratégias discursivas de formadores de opinião em negócios: a análise do discurso das seções “gestão” e “negócios” da revista Exame, no ano de 2008

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2009
Autor(a) principal: Sorgon, Fábio Marcello lattes
Orientador(a): Machado-da-Silva, Clóvis L. lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Positivo
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação em Administração
Departamento: Pós-Graduação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/2897
Resumo: O objetivo central da pesquisa reportada nesta dissertação o de verificar as principais estratégias linguísticas de polidez presentes nos textos das seções “Gestão” e “Negócios”, da Revista Exame, no período de janeiro a dezembro de 2008, vinculadas ao quesito de frequência de ocorrência e repetição ao longo do tempo e mapeadas por ferramenta de análise discursiva desenvolvida para este fim. Este mapeamento foi vinculado a dois quesitos, quais sejam a frequência de ocorrência e a repetição ao longo do tempo. Tendo por base a proposta estruturacionista e a teoria da polidez, foram procedidas 37 análises sobre 103 textos publicados nas seções “Gestão” e “Negócios” da Revista Exame, no período de janeiro a dezembro de 2008, por meio de uma ferramenta de análise do discurso desenvolvida para este fim. Foi considerada a existência de uma estrutura complexa de agência composta por estrutura/agência/discurso(linguagem) como elementos indissociáveis numa dinâmica relacional recorrente. A noção de discurso insere-se num ambiente dos usos da linguagem, vinculados às noções daquilo que é realizado pelo agente sem reflexão sistemática ou inserida num cotidiano de ações rotineiras e sua capacidade de relatar discursivamente suas ações. Noções estas unidas, à ideia de intencionalidade, rotinização discursiva, repetição de ações, bem como são considerados elementos das faces relacionais nos momentos de interação, perpassados por estratégias discursivas de polidez. Os resultados apontam para a predominância de estratégia do tipo polidez positiva nos discursos analisados. Isto é, existe o respeito à auto-imagem que o ouvinte reclama para si. A Revista (e, consequentemente, dos autores dos artigos) demonstra nitidamente a intenção de ser aprovada pelo leitor. Este resultado está de acordo com a maioria dos veículos de comunicação de perspectiva comercial. Finalmente, são feitas várias relações entre o modelo de análise de discurso aqui proposto, os resultados desta pesquisa específica e o arcabouço analítico institucional que fundamenta o estudo, de modo a subsidiar pesquisas futuras. Nesse sentido, desenvolve-se a possibilidade de uma profícua inserção deste ferramental nos estudos organizacionais e teoria institucional. Para tanto, tomam-se alguns aspectos de análise importantes nos estudos organizacionais e intimamente ligados a processos de institucionalização. Quais sejam a (i) legitimidade, o (ii) isomorfismo, as (iii) respostas estratégicas e as (iv) fontes de diversidade.