Inflamação hipocampal em dois modelos animais de resistência à insulina: ratos Wistar obesos por dieta obesogênica e ratos Goto-Kakizaki diabéticos tipo 2 magros

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2021
Autor(a) principal: Oliveira, Vivian Araújo Barbosa de lattes
Orientador(a): Masi, Laureane Nunes lattes
Banca de defesa: Masi, Laureane Nunes lattes
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Cruzeiro do Sul
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós Graduação em Ciências da Saúde
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/4103
Resumo: O estado de resistência à insulina periférica (RI) e de hiperglicêmia crônica é associado à inflamação encefálica e ao desenvolvimento de distúrbios cognitivos, mas os mecanismos dessa interação ainda não são esclarecidos. Avaliamos no presente estudo os efeitos da RI na inflamação hipocampal, região encefálica mais associada à função cognitiva, em modelo espontâneo de diabetes mellitus tipo 2 (DM2) por fatores genéticos (ratos Goto-Kakizaki) ou induzida por dieta obesogênica em ratos Wistar. Ratos machos com 120 dias de idade foram divididos em três grupos: Wistar alimentados com dieta balanceada (BA), Wistar com dieta rica em gordura e açúcar (GA) e ratos Goto-Kakizaki (GK) com dieta BA, por oito semanas. Foram acompanhados a massa corporal e o consumo alimentar, com testes de tolerância à glicose e à insulina na sétima semana de dieta. Foi analisada a expressão gênica de mediadores inflamatórios (TNF-α, IL-6, IL-1β e NOS1) e proteínas encefálicas (Tau, beta-amilóide e BDNF) no hipocampo por reação em cadeia da polimerase em tempo real (qPCR). A expressão proteica de mediadores inflamatórios (TNF-α, IL-1β, p-p65-NFkB e receptor de leptina) e proteínas encefálicas (p-Tau e beta-amilóide) foi determinada no hipocampo por Western blot. O grupo GA apresentou maior ganho de massa corporal e consumo calórico, hiperglicemia de jejum e intolerância à insulina, sem alterações significativas no hipocampo, comparados a BA. Os ratos GK demonstraram hiperglicemia de jejum, intolerância à glicose e à insulina e alterações no hipocampo: aumento na expressão gênica de IL-6, IL-1β e BDNF, diminuição na expressão de NOS-1, aumento de p p65-NF-κB e da proteína IL-1β, redução proteica de TNF-α e BIM e aumento do receptor de leptina no hipocampo e leptina plasmática. O estado crônico de hiperglicemia e DM2 genética nos animais GK de 120 dias de idade pode ser determinante na inflamação hipocampal em comparação aos animais Wistar hiperglicêmicos e intolerantes à insulina induzida por dieta obesogênica por oito semanas.