Fatores associados à lentidão na velocidade de marcha em idosos da comunidade: estudo exploratório rede fibra

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Ruggero, Cíntia Regina lattes
Orientador(a): Perracini, Monica Rodrigues lattes
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Cidade de São Paulo
Programa de Pós-Graduação: Programa de Pós-Graduação Mestrado em Fisioterapia
Departamento: Pós-Graduação
País: Brasil
Palavras-chave em Português:
Área do conhecimento CNPq:
Link de acesso: https://repositorio.cruzeirodosul.edu.br/handle/123456789/1154
Resumo: Contextualização: A medida da velocidade de marcha tem demonstrado ser um marcador de vitalidade em idosos que apresenta capacidade preditiva para desfechos negativos de saúde, como quedas e mortalidade. Porém, poucos dados sobre velocidade de marcha são disponíveis na população idosa brasileira. Nós investigamos a associação de variáveis sócio-demográficas, condições de saúde física e mental, desempenho físico-funcional e nível de atividade física com a lentidão na velocidade de marcha usual e na velocidade de marcha rápida. Métodos: Estudo transversal, de base populacional, com 385 idosos da comunidade, com 65 anos e mais, homens e mulheres. As velocidades de marcha usual e rápida foram mensuradas em m/s num trajeto de 4,6m e os participantes foram divididos em três grupos: lentos, intermediários e rápidos por meio da análise por conglomerados: lento - <0,91m/s; intermediário – entre 0,91 a 1,26m/s; rápido - >1,26m/s para velocidade usual de marcha e lento - <1,09m/s; intermediário – entre 1,09 e 1,57; rápido - >1,57m/s para velocidade rápida de marcha. Os grupos dos idosos lentos em ambas as medidas de velocidade de marcha, usual e rápida, foram comparados aos grupos dos idosos intermediários/rápidos com relação a dados demográficos, função cognitiva global (Mini-Exame do Estado Mental - MEEM), depressão (Geratric Depression Scale - GDS-15), preocupação com a possibilidade de cair (Falls Efficacy Scale International - FES-I), percepção subjetiva de saúde, co-morbidades, medicações, comprometimento visual e auditivo, dificuldade de memória, tontura, fadiga auto-percebida, comprometimento de atividades de vida diária, estatura, índice de massa corporal e nível de atividade física. Resultados: A idade média da amostra foi de 71,40(DP 5,72) anos, 64,4% dos participantes eram do sexo feminino e a média da velocidade de marcha usual foi de 1,11 (DP 0,27) m/s e de velocidade de marcha rápida foi de 1,39 (DP 0,34) m/s. Ser lento com relação à velocidade usual de marcha mostrou associação com o baixo nível de atividade física, história de acidente vascular encefálico, diabetes, artrite, incontinência urinária e idade enquanto ser lento com relação à velocidade de marcha rápida mostrou associação com o baixo nível de atividade física, incontinência urinária (IU), preocupação excessiva com a possibilidade de cair, estatura e função cognitiva global. Conclusão: A presença de doenças crônicas que afetam a mobilidade e o baixo nível de atividade física parece explicar a lentidão na velocidade de marcha usual. Já a lentidão na velocidade de marcha rápida parece sofrer influência de variáveis psico-cognitivas e do baixo nível de atividade física. A IU mostrou-se associada à lentidão na velocidade de marcha, tanto usual quanto rápida, e sugere ser um importante marcador global do estado de saúde e da reserva funcional no envelhecimento