Promoção da saúde mental do jovem na vida acadêmica e recursos salutogênicos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: SILVA, Camila Cortellete Pereira da
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: UNIVERSIDADE CESUMAR
Brasil
Promoção da Saúde (Mestrado)
UNICESUMAR
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://rdu.unicesumar.edu.br/handle/123456789/8963
Resumo: O jovem ao entrar no ensino superior encontra-se em um momento de ambiguidade permeado pelas expectativas de alcançar liberdade e autonomia, e sentimentos de ansiedade e nervosismo frente a nova fase. O aluno tende a idealizar o ambiente da universidade e ao perceber que algumas de suas expectativas não foram atendidas, pode refletir em possíveis frustrações, dificultando o envolvimento acadêmico. Assim, se o jovem não possui recursos adaptativos de enfrentamento, como um alto senso de coerência, possivelmente este terá dificuldade em identificar e utilizar os recursos salutogênicos a sua disposição. Este estudo teve como objetivo analisar a relação existente entre a saúde mental, recursos salutogênicos e socioambientais de jovens no espaço acadêmico e propor intervenções de promoção da saúde. Trata-se de um estudo transversal descritivo, com base em uma abordagem quantitativa e qualitativa, realizada com jovens universitários de uma instituição privada da região noroeste do Paraná, sul do Brasil. Para isso, foi elaborado um questionário semi-estruturado, contendo questões sociodemográficas, de vivência acadêmica, recursos tecnológicos e saúde mental, além das escalas PHQ-9 e SOC-13. Os questionários foram enviados de forma online a todos os alunos da instituição resultando em uma amostra de 927 participantes. Como resultado, verificou-se que a grande maioria dos participantes percebe sua vida como significativa, contudo demonstram ter dificuldade com a compreensão e o manejo dos recursos disponíveis para lidar com situações adversas. Os jovens deste estudo apresentaram um alto índice de sintomas depressivos e nível moderado do senso de coerência. O que se correlaciona, com alguns comportamentos não adaptativos utilizado pelos acadêmicos, como poucas horas de sono, consumo de estimulantes e drogas líticas ou ilícitas, uso intensificado de Redes Sociais Online, sentimento de culpa em práticas de lazer, auto cobrança intensa, a busca pela temática de depressão e suicídio na internet, ter tido pensamentos de morte, dentre outros. Também buscouse identificar a percepção dos jovens sobre as ações promotoras da saúde mental e quais sugestões eles dariam à instituição para promovê-la no ambiente acadêmico. As respostas foram categorizadas em: Auxílio profissional; Empoderamento e habilidades pessoais; Fortalecimento de vínculos; Educação em saúde e; ambientes saudáveis. Por meio delas foi possível a criação de propostas e estratégias promotoras da saúde, com o intuito de melhorar a qualidade de vida dos jovens, de acordo com a necessidade identificada por eles. Desta forma, conclui-se que é necessário maiores investimentos na promoção da saúde mental dos jovens, corroborando com a diminuição do sofrimento psíquico e com o aumento do bem-estar e rendimento acadêmico.