“Tempos ultramodernos”: consequências do uso do smartphone para trabalhadores

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: NOGAROTO , Henrique
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: UNIVERSIDADE CESUMAR
Brasil
Promoção da Saúde (Mestrado)
UNICESUMAR
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://rdu.unicesumar.edu.br/handle/123456789/8954
Resumo: O uso intenso, inclusive no ambiente de trabalho, e em posições inadequadas das tecnologias móveis, representadas pelos smartphones, afetam a qualidade de vida e a saúde de milhões de indivíduos. Novas tendências patológicas surgiram e evoluíram nesse contexto. O considerável uso de aplicativos ligados à empresas e consequentemente conversas por texto, áudio e vídeo, desencadeiam novos desafios para a promoção da saúde do trabalhador. No entanto, a literatura específica que associa quadros patológicos como decorrentes do trabalho com o uso do smartphone ainda é limitada, e mais focada nas consequências de uso do computador do tipo desktop. Apesar disso, pesquisas com o smartphone já dão destaque para o aumento nos casos de distúrbios osteomusculares no segmento cervical, cintura escapular e membro superior devido ao seu uso habitual. OBJETIVO GERAL: Identificar a presença de sintomas osteomusculares à saúde do trabalhador em decorrência da utilização contínua dos smartphones no ambiente de trabalho. METODOLOGIA: Estudo quantitativo-transversal, através do recrutamento de trabalhadores da cidade de Maringá - PR utilizando redes sociais: WhatsApp®, Instagram® e Facebook®. Foi utilizado um questionário online que continha questões sobre socioeconômicas, de comportamento de uso do smartphone dentro e fora do trabalho e da presença de sintomas osteomusculares. Os dados foram tabulados e submetidos à estatística descritiva e testes de associação. RESULTADOS: 326 indivíduos responderam ao questionário, sendo inclusos 196, dentre os quais houve preponderância do sexo feminino (61,54%), de ensino superior incompleto (47,18%) e renda mensal de até dois salários mínimos (45.64%). Dentre os respondentes, 62% relataram utilizar sempre o smartphone, e para 55,9%, essa é uma necessidade para sua atuação profissional. Não houve evidência de associação entre o tempo de uso diário do smartphone e a presença de sintomas condicionada à prática de atividades físicas, bem como, correlação significativa entre o nível de escolaridade e a quantidade de horas de uso diário do dispositivo no trabalho. Mas, verificouse que quanto menor a renda, maior o tempo de uso do dispositivo no horário fora do trabalho (p=0,0281). CONCLUSÃO: Ações de promoção da saúde devem orientar para os malefícios do uso do smartphone, e em especial, para além do horário de trabalho para o trabalho, quando os indivíduos assim relatam utilizar o dispositivo nesse contexto. Sabemos que toda nova tecnologia exige um tempo de adaptação dos usuários e, além do deslumbramento e incorporação acrítica delas no contexto do trabalho, o campo da Promoção da Saúde deve questionar e apontar direções para uma vida mais saudável.