Avaliação da atividade antimicrobiana, antioxidante, citotóxica e perfil químico de espécies da família melastomataceae juss. Coletadas em remanescente de Mata Atlântica, Litoral Norte, Bahia, Brasil.
Ano de defesa: | 2018 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
UNEB
Programa de Pós-Graduação em Biodiversidade Vegetal |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://saberaberto.uneb.br/handle/20.500.11896/6118 |
Resumo: | À crescente incidência da resistência dos microrganismos aos antimicrobianos atuais, bem como os efeitos deletérios provocados pela produção excessiva de radicais livres no organismo humano e sua relação com a crescente incidência global do câncer, tem-se valorizado a busca por novos e diferentes constituintes químicos vegetais com atividade antimicrobiana, antioxidante e anticancerígena, com baixa toxicidade. Neste trabalho foram avaliadas as atividades antimicrobiana, antioxidante, toxicológica, citotóxica e o perfil químico dos extratos brutos, em hexano e em acetato de etila, de dez espécies da família Melastomataceae: Miconia albicans, Miconia alborufescens, Miconia amoena, Miconia ciliata, Miconia fallax, Clidemia capitellata, Clidemia hirta, Clidemia sericea, Tibouchina francavillana e Tibouchina lhotzkyana. A atividade antimicrobiana foi realizada por método do disco de difusão em ágar frente à Staphylococcus aureus, Pseudomonas aeruginosa, Escherichia coli, Micrococus luteus e Bacillus subtilis e o fungo Aspergillus niger. A atividade antioxidante foi mensurada usando o ensaio de captura do radical livre 2,2-difenil-1-picrilhidrazila (DPPH). A toxicidade foi avaliada em Artemia salina Leach e registrada como a concentração letal média (LC50) nas concentrações de 10, 100 e 1000 µg/mL, durante 72 horas. A citotoxicidade foi realizada utilizando linhagens de células leucêmicas humana (THP-1) com extrato vegetal na concentração de 100 µg/mL, durante 24 horas, e observadas em microscópio invertido (20x) para análises morfológicas. O estudo fitoquímico foi realizado utilizando métodos de coloração para a identificação das principais classes de metabólitos secundários e método espectrofotométrico para a quantificação de fenóis totais e flavonoides totais, expressos equivalência de ácido gálico por grama de extrato bruto (EAG/g) e equivalência de quercetina por grama de extrato bruto (EQ/g), respectivamente. Verificou-se apenas que os extratos em acetato de etila de C. hirta e C. capitellata foram ativos frente as bactérias: a C. hirta com atividade em M. luteus (CIM 125 µg/mL), S. aureus (CIM 500 µg/mL) e P. aeruginosa (CIM 500 µg/mL); e a C. capitellata contra M. luteus (CIM 62,5 µg/mL), S. aureus (CIM 125 µg/mL), P. aeruginosa (CIM 125 µg/mL) e B. subtilis (CIM 125 µg/mL). Ambos os extratos com atividade bacteriostática. Para a avaliação antioxidante, os extratos que apresentaram maior atividade sequestradora do radical livre DPPH foram os extratos hexânico de T. francavillana (80,64% ± 0,90), e em acetato de etila de C. hirta (63,54 % ± 1,46). O ensaio toxicológico demonstrou que todos os extratos hexânicos não apresentaram toxicidade 8 em A. salina. Para as extrações em acetato de etila, os extratos de M. alborufescens (CL50 61,6 µg/mL) e de C. hirta (CL50 75,8 µg/mL) apresentaram alta toxicidade e os extratos da M. albicans (CL50 512,7 µg/mL), C. sericea (CL50 831,7 µg/mL) e da T. lhotzkyana (CL50 537,0 µg/mL) expressaram baixa toxicidade. Foi observada atividade citotóxica dos extratos em células THP-1, através da visualização de corpos apoptóticos e morte celular. Na análise fitoquímica, foram detectados nos extratos a presença de taninos condensados, terpenos e esteroides, polifenóis, flavonoides e ausência de alcaloides. A maior quantificação de fenóis totais em hexano foi da C. capitellata (205, 95 mg/g ± 4,14) e em acetato de etila da M. amoena (254,09 mg/g ± 4,24). O extrato de Clidemia hirta apresentou maior teor de flavonoides totais para ambas extrações: 143,99 EQ/g ± 4,18 em hexano, e 123,52 EQ/g ± 2,27 em acetato de etila. Os ensaios realizados forneceram resultados promissores, sugerindo a continuidade de novas avaliações químico-farmacológicos e isolamento do princípio ativo dos extratos. |