Fatores maternos e neonatais associados ao desmame precoce em um município da Bahia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Unfried, Aloysia Graça Costa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado da Bahia
Mestrado Profissional em Saúde Coletiva(MEPISCO)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://saberaberto.uneb.br/handle/20.500.11896/5412
Resumo: Introdução: A Organização Mundial da Saúde preconiza aleitamento materno exclusivo nos primeiros 6 meses de vida, porém, o desmame precoce ainda se apresenta como um problema de saúde pública, capaz de causar a morbimortalidade de crianças em todo o mundo. Objetivos: Analisar os fatores maternos e neonatais associados ao desmame precoce em um Município da Bahia. Método: Estudo transversal conduzido entre os meses de março a setembro de 2023, com mulheres cadastradas na Unidades de Saúde da Família de um município do interior da Bahia. Foi realizado cálculo amostral em cima da população alvo de 951 binômios e coletada informação através de entrevista domiciliar em uma amostra de 180 mulheres entre seis meses e um dia, até dois anos (24 meses) do pós-parto com filho vivo, e excluídas aquelas que possuíam transtornos mentais graves ou que por recomendação médica não puderam amamentar, relatadas pela equipe de saúde. Para a análise bivariada, foram utilizados os testes do qui-quadrado de Pearson considerando p < 0,05. Realizou-se regressão logística múltipla, apresentando razão de chances (OR) com intervalo de confiança de 95%. Resultados: Encontrou que os fatores maternos associado ao desfecho do estudo foram: uma experiência negativa com aleitamento atual (OR:5,02; IC95%:1,93-13,05); baixa produção de leite (OR:4,50;IC95%:1,65-12,27; p=0,003); início do aleitamento após uma hora pós-parto (OR: 2,03;IC95%:1,01-4,08; p=0,046). Ter três ou mais filhos se comportou como fator de proteção ao aleitamento exclusivo (OR: 0,57;IC95%:0,37-0,88;p=0,013). Quanto aos fatores neonatais, a oferta de bicos artificiais chupetas/mamadeiras (OR:18,96;IC95%:7,68-46,79;p<0,001), oferta de complemento ainda na maternidade (OR:4,44;IC95%:1,76-11,17,p=0,002) se associaram positivamente ao desmame precoce. Conclusão: Identificou-se associação positiva entre o desmame precoce e alguns aspectos materno/obstétricos, neonatais e aqueles relacionados à experiência com aleitamento. Dessa forma, ter uma experiência negativa com o aleitamento, baixa produção de leite, início do aleitamento após uma hora pós-parto, possuir três ou mais filhos, adicionados a hábitos e crenças, como o uso de mamadeira e chupetas, e a introdução de fórmulas infantis ainda dentro da maternidade com continuidade da suplementação após alta hospitalar, foram os fatores associados ao desmame precoce no contexto estudado.