Museu virtual origens: uma proposição insurgente

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2023
Autor(a) principal: Correia, Rosângela Accioly Lins
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado da Bahia
Programa de Pós-graduação em Educação e Contemporaneidade
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
DBR
Link de acesso: https://saberaberto.uneb.br/handle/20.500.11896/5102
Resumo: Esta pesquisa trata do desenvolvimento colaborativo do Museu Virtual Origens: uma proposição insurgente. A investigação utilizará a abordagem metodológica intitulada “Design Based Research” (DBR) ou Pesquisa de Desenvolvimento. A proposta possui uma abordagem socioconstrutivista com viés na construção de um ambiente virtual de aprendizagem que reconhece a comunidade como participante e sujeitos/as que adquirem metacognição (constroem conhecimento e consciência de si mesmo) e autorregulação deste conhecimento (autonomia) ao interagirem com o ambiente. Tem como instrumentos de coleta de dados colaborações coletivas e, como protocolo de atividades, o gravador de áudio e vídeo e as entrevistas semiestruturadas online. O processo colaborativo é dedicado a lidar com as singularidades presentes nas histórias das comunalidades de origem bantu, iorubá, dos portugueses e dos tupinambá - termo oriundo do tupi tubüb-abá, que significa "descendentes dos primeiros pais", como afirma Eduardo Bueno, além das outras populações que se desenham nas arkhés civilizatórias locais, influenciando o viver cotidiano dessa territorialidade. As análises que foram desenvolvidas se estruturam e dialogam com as noções de “arkhé” e de “territorialidade” ligadas aos aspectos simbólicos e existenciais das populações negras nos contextos urbanos ou rurais, conforme estudos da pesquisadora Narcimária Luz; os conceitos de “alteridade”, utilizado pelo filósofo franco-lituano Emmanuel Levinas e, de “povo”, empregado pelo filósofo argentino Enrique Dussel. Por meio dessas interlocuções serão desenvolvidas análises das insurgências negras e dos povos originários nas terras que foram doadas a D. António Ataíde. A pesquisa tem por objetivo extrair desses legados civilizatórios a riqueza de valores e linguagens que constituem suas formas de comunicação, elaboração de mundo, sociabilidades e o desvelamento do ethos cultural da territorialidade da pesquisa para a construção dos conteúdos digitais. Finalmente, o projeto apresenta uma perspectiva descolonizadora ao oferecer possibilidades de reconhecimento do patrimônio civilizatório negro-africano, dos povos originários e de outras etnias que foram silenciadas na historiografia oficial. O conteúdo do museu virtual terá elementos históricos como propõe as Leis 10.639/03 e 11.645/08, pois proporcionará em seu acervo um caráter multirreferencial, pluricultural e interdisciplinar