“Eu aprendo com eles e acho que eles aprendem comigo”: experiências de preceptoras de programas de residência multiprofissional em saúde

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Picanço, Carina Marinho
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado da Bahia
Programa de Pós-Graduação em Educação e Contemporaneidade (PPGEduC)
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://saberaberto.uneb.br/handle/20.500.11896/5421
Resumo: A presente pesquisa busca articular formação, saúde e pesquisa (auto)biográfica, ao tomar como objeto de estudo as experiências das preceptoras dos Programas de Residência Multiprofissional em Saúde (PRMS). A intenção é entender como estas profissionais vivenciam seus processos formativos e como lidam com as diversas situações complexas e contraditórias de seus exercícios profissionais no contexto da residência. A pesquisa objetiva compreender, a partir das experiências dos profissionais de saúde, sentidos e significados na trajetória do exercício da preceptoria nos PRMS. O estudo centra-se nas experiências narradas pelas colaboradoras, ancorando-se em princípios da abordagem (auto)biográfica, mediante análise interpretativa-compreensiva pautada na concepção de formatividade de Bernard Honoré. Participaram da pesquisa, como colaboradoras do estudo, nove preceptoras vinculadas aos PRMS que trabalham em um hospital de grande porte localizado na cidade de Salvador. Os resultados apontam que a trajetória das preceptoras dos PRMS é marcada por influências pessoais e profissionais em que a educação e saúde se entrecruzam, refletindo em outros modos de exercer a profissão na área da Saúde. Constituem-se como preceptoras ao passo que exercem a atividade, reconhecendo a necessidade de ir em busca de alcançar outras competências nesse novo papel em que se inscrevem. Apresentam diferentes modos de acompanhar os residentes dentro do processo formativo, que alinham às figuras antropológicas, amadora, balseira, anciã e animadora, e ao refletirem sobre o passado, reconfiguram o presente atribuindo novo sentido ao profissional que elas vislumbram. Descrevem e dão sentido às práxis pedagógicas no exercício da preceptoria, destacam a dimensão relacional, como a criação de vínculos afetivos, considerando como aspecto central no processo formativo. Reconhecem a experiência interformativa neste caminhar com o outro, além de refletirem criticamente sobre suas práticas, compreendendo que o exercício da atividade de preceptoria tem a ver com a ressignificação de sentido da profissão. Conclui-se que as preceptoras ao narrarem suas histórias de vida-formação profissão, a partir do vivido, no tempo presente se dão conta das experiências que marcaram suas trajetórias, ecoando novos sentidos desse profissional em construção.