Exportação concluída — 

O saber – fazer das pretas de Camaçari: do improviso às novas formas de (re)existir.

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Guimarães, Fabiane Fernandes
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado da Bahia
Programa de Pós-Graduação em Crítica Cultural
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://saberaberto.uneb.br/handle/20.500.11896/5361
Resumo: Esta pesquisa versa sobre a construção do saber-fazer e das subjetividades de mulheres negras, trabalhadoras por conta própria, da Cidade de Camaçari-BA. No caminhar teórico metodológico percebermos que o mote dos estudos que imbricam o saber-fazer e as relações de gênero valorizam a discussão sobre o protagonismo feminino, entretanto tal protagonismo decorre da estereotipada divisão sexual do trabalho, onde as mulheres ocupam funções de menor prestígio. Notou-se, portanto, a escassez de estudos que abordem o saber-fazer de mulheres negras, sobretudo no que se refere às atividades não vinculadas à vida privada e/ou ditas não femininas. A pesquisa possui procedimentos metodológicos quali-quantitativos. Primeiramente, aplicamos os questionários com os/as trabalhadores/as por conta própria (salão de beleza e bares), cujos conteúdos seguiram três dimensões: 1) Perfil sócio-econômico cultural; 2) Saber-fazer; 3) Perfil do estabelecimento. Segundo, fomos a campo para reconstruir as histórias de vidas das mulheres pretas participantes da etapa anterior. Nesta empreitada com/sobre as mulheres pretas observamos o quão a violência doméstica, a fome, a desilusão e a solidariedade entre as mulheres conduziram ao desejo de trabalhar por conta própria. Com isto, acolhemos a ideia de um mercado informal estruturado por uma herança escravocrata, mas ao mesmo tempo, sinalizamos como as mulheres pretas agenciam o seu saber-fazer para montar o seu próprio negócio e sustentar a sua família.