Micareta de Feira de Santana: cultura de massa e produto

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Ferreira, Regina Beatriz Suzarte
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade do Estado da Bahia
Pós Graduação em Critica Cultural
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://saberaberto.uneb.br/handle/20.500.11896/5382
Resumo: Esta dissertação aborda a Micareta de Feira de Santana enquanto produto de consumo, destacando suas características, próprias da cultura de massa, que são ao mesmo tempo, parte integrante da festa e também possível instrumento de opressão, resistência e liberdade, a depender da perspectiva em que é observada ou vivida. O principal objetivo deste estudo, por sua vez, é investigar como tais características se configuram no contexto atual da micareta de Feira de Santana, destacando a micareta como uma zona de fronteira entre as formas da “Cultura de Massa” e o riso do “Coro popular”, ou seja, a micareta feirense como um espaço de coexistência entre os múltiplos e os diferentes. Buscou-se através desta pesquisa investigar o contexto da micareta feirense com a cooperação e participação de membros representativos das agremiações e comunidades ‘micaretescas’, lançando mão assim, no que diz respeito ao procedimento de coleta, da Pesquisa-ação. Tratou-se, portanto, de uma pesquisa/intervenção, inserida no âmbito das abordagens qualitativas, que enfatizam as significações e sentidos dos que participam da ação. A partir dessa trajetória de estudos e pesquisas, tornou-se possível o parecer de que no nosso ‘carnaval fora de época’ há espaço para todos, a despeito de um cenário tripartido, à revelia de foliões armados travestidos de policiais convocados para manter a ordem e a paz nos espaços em a festa acontece, e apesar da tentativa frenética de reprimir os excessos e a orgia que elegem a celebração. Todos os espaços são festa, som, prazer, caos e alegria: circuitos, camarotes, dentro e fora das cordas, à frente ou atrás do trio, fora ou dentro das residências, Feira de Santana se torna festa, se torna alegria, se torna micareta. Nos seus quatro dias, a folia é vivida por todos os foliões feirenses, ultrapassando as distâncias, as cordas, as diferenças, as hierarquias, a desigualdade, as injustiças, os deveres, as regras e o cotidiano tão irreal nesses dias momescos.