Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Santos, Naiara Daris dos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://repositorio.unb.br/handle/10482/51734
|
Resumo: |
A hanseníase é uma doença infecciosa crônica causada pelo Mycobacterium lerpae ou pelo Mycobacterium lepromatosis. O agente causador da doença tem o poder de estimular resposta imunomediada contraestruturas neurológicas periféricas, resultando em incapacidades. As chamadas reações hansênicas são a principal causa de incapacidades e devem ser prontamente controladas. Além da hanseníase multibacilar, outros fatores de risco para reações hansênicas são as infecções, a vacinação, a gravidez e a concomitância de outras doenças autoimunes. O presente estudo objetivou o monitoramento da ocorrência de reações hansênicas em pacientes com hanseníase imunizados com vacinas de RNA mensageiro (mRNA), em comparação com outras tecnologias de vacinas no lapso temporal da pandemia da COVID-19. Foi feito um estudo transversal em que a variável independente principal consiste na vacinação contra a COVID10 com tecnologias que utilizam mRNA, e, em que a variável dependente principal foi a ocorrência de reações hansênicas. Os pacientes com hanseníase foram incluídos de forma consecutiva de janeiro de 2022 a setembro de 2023 no ambulatório de dermatologia do Hospital Universitário de Brasília, Universidade de Brasília. Foram avaliados 94 pacientes no estudo em que a maioria recebeu ao menos uma dose de vacina contra a COVID-19. Não houve uma relação significativa entre o tipo de vacina e a ocorrência de reações hansênicas. Todavia, a baciloscopia, demostrou uma relação positiva com a ocorrência das reações hansênicas. Os resultados sugerem que as vacinas de mRNA e as demais vacinas contra a COVID-19 são seguras em pacientes com hanseníase, não apresentando relação com o aumento do risco para o aparecimento de reações hansênicas. A baciloscopia, responsável por estimar a carga bacteriana da doença, foi o único fator relacionado ao surgimento de reações hansênicas nesse estudo. Portanto, pode-se concluir que a imunização em massa contra a COVID-19 é crucial e segura para o controle da pandemia, incluindo áreas endêmicas para hanseníase. Este fato deve ainda ser reforçado uma vez que pacientes em reação hansênica estão sujeitos a terapias imunossupressoras, apresentando um risco elevado de formas graves da COVID-19. |