Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Araujo, Wagner Duque Voney |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.unb.br/handle/10482/51606
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Resumo: |
As mudanças climáticas têm intensificado eventos hidrológicos extremos, como inundações, enxurradas e alagamentos, gerando impactos significativos nas populações e infraestruturas urbanas brasileiras. Este estudo desenvolveu e aplicou o Índice Municipal de Criticidade Hidrológica (IMCH), uma ferramenta inovadora para classificar e ranquear 4.833 municípios com base nos atributos de impactos, exposição, perigos (hazards) e vulnerabilidade. Utilizando dados do Sistema Nacional de Informações sobre Saneamento, módulo Águas Pluviais (SNIS-AP), a metodologia incorporou a Análise Hierárquica de Processos (AHP), técnicas de normalização por mínimo-máximo e SPI, além de validação por evidências empíricas e comparações com classificações oficiais. Os resultados apontam que 1.976 municípios (40,89%) apresentaram Criticidade Baixa e 1.649 (34,12%) Criticidade Média, enquanto 418 (8,65%) foram classificados com Criticidade Alta e 191 (3,95%) com Criticidade Muito Alta, evidenciando a necessidade de ações preventivas prioritárias. Além disso, 599 municípios (12,39%) foram classificados como de Criticidade Muito Baixa, sugerindo menor exposição a eventos severos. Comparações com a lista de municípios críticos de 2023 destacaram a inclusão de municípios identificados como emergentes pelo IMCH em 2022, mas não reconhecidos oficialmente naquele ano, reforçando sua relevância como ferramenta complementar aos critérios governamentais. Municípios de Minas Gerais, Santa Catarina, Rio Grande do Sul, Bahia e Pará concentraram os maiores números de casos críticos, refletindo desigualdades socioeconômicas e insuficiência de infraestrutura de drenagem urbana. Municípios com baixa criticidade frequentemente não enfrentaram eventos extremos, indicando baixa exposição em vez de resiliência estrutural. A aplicação do IMCH entre 2017 e 2022 revelou tendências de criticidade, demonstrando seu potencial para orientar investimentos, mitigações e políticas públicas de adaptação. O IMCH se destaca como uma ferramenta robusta para fortalecer a gestão de riscos hidrológicos urbanos, integrando múltiplas fontes de dados públicos. Essa abordagem oferece suporte estratégico na identificação de prioridades e no desenvolvimento de planos sustentáveis, capazes de enfrentar os desafios impostos pelas mudanças climáticas. |