População em situação de rua : como as ações e políticas públicas são representadas na Folha de São Paulo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2020
Autor(a) principal: Mendonça, Daniele Gruppi de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://repositorio.unb.br/handle/10482/38795
Resumo: Esta dissertação é resultado de uma pesquisa qualitativa de cunho documental que tem como objetivo discutir as facetas discursivas que envolvem a relação da situação de rua e das representações de ações e políticas públicas no jornalismo eletrônico, mais especificamente no portal Folha de S. Paulo (FSP) entre 2016 e 2018. O corpus da pesquisa é composto por 257 textos, um recorte temático dos 747 publicados no período considerado e coletados para este estudo. Para organização desses dados, o auxílio do software NVivo foi útil. Como o objeto desta pesquisa é um problema social e discursivo, dada a relação interna entre linguagem e sociedade, a Análise de Discurso Crítica (ADC) foi a ancoragem teórica-metodológica. Neste estudo, as categorias analíticas utilizadas foram a intertextualidade (BAKHTIN, 2003; FAIRCLOUGH, 2001, 2003), a interdiscursividade (FAIRCLOUGH, 2003) e a representação de atores sociais (VAN LEEUWEN, 1997), escolhidas porque contribuem para a identificação das vozes predominantes nos textos, dos discursos que neles ecoam e das formas de representação de pessoas em situação de rua. Os resultados obtidos apontam para uma filiação do jornal aos padrões hegemônicos para abordar a situação de rua, ao legitimar vozes dominantes como fontes, as quais oferecem chaves interpretativas desfavoráveis às pessoas em situação de rua, pois naturalizam discursos meritocráticos e legitimam a violência, a gentrificação e o higienismo, que são a tônica das ações e políticas públicas de São Paulo. Esta pesquisa pode contribuir na tomada de consciência linguística de jornalistas e de outros profissionais da mídia, influenciando em suas atuações profissional e social.Esta dissertação é resultado de uma pesquisa qualitativa de cunho documental que tem como objetivo discutir as facetas discursivas que envolvem a relação da situação de rua e das representações de ações e políticas públicas no jornalismo eletrônico, mais especificamente no portal Folha de S. Paulo (FSP) entre 2016 e 2018. O corpus da pesquisa é composto por 257 textos, um recorte temático dos 747 publicados no período considerado e coletados para este estudo. Para organização desses dados, o auxílio do software NVivo foi útil. Como o objeto desta pesquisa é um problema social e discursivo, dada a relação interna entre linguagem e sociedade, a Análise de Discurso Crítica (ADC) foi a ancoragem teórica-metodológica. Neste estudo, as categorias analíticas utilizadas foram a intertextualidade (BAKHTIN, 2003; FAIRCLOUGH, 2001, 2003), a interdiscursividade (FAIRCLOUGH, 2003) e a representação de atores sociais (VAN LEEUWEN, 1997), escolhidas porque contribuem para a identificação das vozes predominantes nos textos, dos discursos que neles ecoam e das formas de representação de pessoas em situação de rua. Os resultados obtidos apontam para uma filiação do jornal aos padrões hegemônicos para abordar a situação de rua, ao legitimar vozes dominantes como fontes, as quais oferecem chaves interpretativas desfavoráveis às pessoas em situação de rua, pois naturalizam discursos meritocráticos e legitimam a violência, a gentrificação e o higienismo, que são a tônica das ações e políticas públicas de São Paulo. Esta pesquisa pode contribuir na tomada de consciência linguística de jornalistas e de outros profissionais da mídia, influenciando em suas atuações profissional e social.