Assinaturas geofísica, petrofísica e geoquímica das mineralizações de ouro orogênico na porção central da Província Alto Guaporé

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Echague, Jorge Tomás Trovó
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.unb.br/handle/10482/51963
Resumo: A prospecção mineral na Província Aurífera do Alto Guaporé (AGGP), situada no sudoeste do Cráton Amazônico, enfrenta desafios como a diminuição das descobertas de novos depósitos e o aumento dos custos de prospecção. A utilização de métodos geofísicos de superfície, que incluem levantamentos magnéticos e geoelétricos, combinados com mapeamento geológico e análises estruturais, tem se mostrado eficiente na otimização da seleção de alvos de prospecção. Os depósitos de ouro na AGGP estão associados a falhas inversas e contatos geológicos entre rochas metassedimentares siliciclásticas mesoproterozoicas e um embasamento granítico mesoproterozoico. O alvo Anomalia BP (ABP), localizado próximo à mina Pau-a-Pique, destaca-se por sua mineralização de ouro relacionada a alterações hidrotermais, evidenciadas por assembleias minerais de óxidos de ferro, sulfetos (como pirita) e veios de quartzo. Enquanto os altos valores de cargabilidade e os baixos valores de resistividade mapearam estruturas favoráveis à mineralização até 150 m de profundidade, devido à presença de zonas sulfetadas, os baixos valores de magnetometria identificaram zonas de falha ao longo do contato entre os metassedimentos e o embasamento granítico, associadas à silicificação. O ABP é influenciado pela Zona de Cisalhamento Corredor com halos de alterações hidrotermais bem definidos, que apresentam predominância dos processos de epidotização, sericitização e cloritização, que refletem um zoneamento mineral complexo que inclui plagioclásio, biotita, feldspato potássico, epídoto, quartzo e carbonatos. A análise geoquímica revelou correlações positivas significativas entre elementos litófilos, como Ca, K₂O, Rb e Li, e a presença de ouro, que caracterizam esses elementos como indicadores (pathfinders) para a mineralização na região. As assinaturas petrofísicas, incluem a densidade que varia entre 2,6 e 2,8 g/cm³ e baixa susceptibilidade magnética nas zonas diamagnéticas de silicificação, que indicam processos de alteração hidrotermal nas rochas encaixantes, enquanto os dados de gamaespectrometria ressaltaram a predominância de potássio (K). A correlação e eficiência dos dados petrofísicos, geofísicos e geoquímicos utilizados demonstram sua importância na prospecção de ouro orogênico, possibilitando a identificação de novos alvos promissores e contribuindo significativamente para o avanço do conhecimento sobre as ocorrências de ouro na região.