Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Quecuta, Tatiana |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.unb.br/handle/10482/51497
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Resumo: |
A Guiné-Bissau sofreu um violento e excludente processo de ocupação colonial por Portugal, acentuado nas décadas finais do século XIX e por grande parte do século XX. Nesse período o país chegou a experimentar um ensino de perspectiva eurocêntrica e colonial, que por muitos anos teve o propósito de desafricanizar os guineenses, até que Amílcar Cabral e Paulo Freire resolveram fazer mudanças significativas contrariando esse modelo de Educação do colonizador na Guiné-Bissau. Amílcar Cabral e seus companheiros, durante a luta de libertação, iniciaram essas mudanças, primeiro nas zonas libertadas, a partir de 1964, e depois da independência, já sem Cabral, com um projeto organizado por Paulo Freire para descolonizar a educação guineense. De certa forma, a partir de 1976, Paulo Freire e a sua equipe deram continuidade ao projeto de educação que Amílcar Cabral pensara para o país. Diante dessa situação, o objetivo central deste trabalho foi investigar as contribuições de Amílcar Cabral e de Paulo Freire no atual sistema educativo da Guiné-Bissau, identificando e analisando as grandes convergências de suas ideias e algumas poucas divergências. Como questão de fundo, nossa pesquisa observou ainda o quanto desse projeto de descolonização da educação guineense se mantém no presente. Metodologicamente, é uma pesquisa bibliográfica e documental de cunho qualitativo. Para análise de dados, baseia-se em análise de conteúdo. No final, observa-se que hoje o sistema educativo da GuinéBissau está se voltando sistematicamente para o modelo de ensino do colonizador português ou com marcantes influentes eurocêntricas. Esta volta ao sistema de ensino do colonizador é detectada na maior escola de formação de professores, a Escola Superior de Educação, Unidade Tchico Té, assim como nas escolas do ensino básico e secundário do país. Perante este cenário, chega-se à conclusão de que é necessário reestruturar o sistema educativo do país, libertando-se da perspectiva eurocêntrica que não considera o contexto particular da Guiné-Bissau e a cultura guineense. Para isso, é necessário que as mudanças comecem nas escolas de formação de professores e depois nas escolas do ensino básico e secundário do país. |