Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2018 |
Autor(a) principal: |
Castelo Branco, Rodrigo Amorim |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://repositorio.unb.br/handle/10482/33102
|
Resumo: |
Esta dissertação não tem como foco uma exposição historiográfica das obras de Martin Heidegger. Buscamos, mais profundamente, trazer à discussão os questionamentos do autor sobre os encobrimentos que estão por trás das estruturações de cada época. Nesse sentido, os escritos de Heidegger que se referem aos princípios e ao modo de como se dá a transição entre eles foram pesquisados, levando-se em conta a importância das meditações de cada texto para discutirmos acerca da questão do esquecimento do ser e da serenidade. Para nortear o leitor a respeito dos períodos de produção de Heidegger, construímos um quadro com a relação de suas obras. Conduzimos a investigação a partir da história do primeiro princípio do pensamento, entendida por Heidegger como a história da filosofia no horizonte da metafísica. Isso indica que o pensamento ocidental, nas suas diversas estruturas epocais, atuou na zona do ente, esquecendo o ser. Tal esquecimento já se dá na Antiguidade quando o desvelamento da natureza “decai” sob o jugo do aspecto platônico, jugo este que perpassa todo o pensamento ocidental. Assim, a presentidade do ente vai se tornando o primado e o ser mesmo passa a se retrair e a ser esquecido. Passamos a introduzir a questão da passagem de princípio. A discussão se pauta na pergunta sobre a questão diretriz da filosofia (“o que é o ente?”), contudo, para ir além, chegar à indagação fundamental (“de que modo se essencia o seer?”). Esse outro perguntar evidencia o pressentimento do ente humano acerca de uma vigência que se doa, mas que não se identifica com qualquer representação. Aqui há retenção do ressoar de um fundamento totalmente outro, com a devida deferência. Esse outro modo de se “relacionar” com o princípio fundante se dá porque, no outro princípio, o homem passa a se reconhecer como finito, pobre e indigente, contrário à tradição, que permanece fixa na dimensão técnica calculante. Por fim, investigamos o mistério da doação, a verdade que se dá em recusa e o significado dessa retirada essencial. A verdade indica a própria essenciação do seer como retração elementar. Evidenciamos que é justamente esse encobrimento-clareador do fundamento que funda o ser-aí (Dasein) e que o situa na existência, deixando-o ser-si-mesmo, isto é, um ser lançado e livre no mundo. Assim, vemos a serenidade emergir a partir da abertura do mistério fundante e liberativo. |