Um mestre nada ingênuo : realismo e sátira em Alberto Caeiro

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Leite, Gabriel de Amorim
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.unb.br/handle/10482/51895
Resumo: Esta dissertação apresenta a obra de Alberto Caeiro, o Mestre Ingênuo de Fernando Pessoa, a partir de um diálogo entre seus poemas e o pensamento de filósofos como Feuerbach, Hegel e Marx. Analisa-se o poema VIII de O Guardador de Rebanhos, texto em que se evidencia o uso do método satírico de composição artística. Discute-se a questão da sátira, a partir da teoria de György Lukács, e sua ocorrência na obra de Alberto Caeiro — um poeta que encarna, de forma imediata, a contradição entre “o poeta como deve ser”, o poeta ideal, e “o poeta como é”, o poeta dissimulado — bem como na arquitetura farsesca da heteronímia pessoana. Apresentam-se, então, os heterônimos de Fernando Pessoa como atores de uma dramatização satírica em que se mimetizam o pensamento decadente burguês e a tendência diletante do intelectual moderno. Defende-se a ideia de que estaria nessa representação satírica alcançada pelo projeto literário de Pessoa, o trunfo realista de sua obra poética.