Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Duarte, Fernanda Sousa |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.unb.br/handle/10482/15885
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Resumo: |
A clínica psicodinâmica do trabalho presenta-se como método para a construção do saber e ação nas situações de trabalho, sendo um espaço onde se privilegia a fala do trabalhador, sendo a partir dela que se constituirá o saber sobre seu trabalho. Mendes e Araujo (2012) sugerem algumas ampliações no método em Clínica do Trabalho sugerido por Dejours (1992) a partir das práticas brasileiras em diversos contextos de trabalho, como os cinco dispositivos para qualificar o processo da clínica psicodinâmica do trabalho – demanda, elaboração-perlaboração, a construção de laços,a interpretação e a formação do clínico. Mendes e Araujo também sugerem a clínica do trabalho em duas modalidades: das patologias, com foco no adoecimento no trabalho; e da cooperação, voltada para a mobilização subjetiva. O presente trabalho tem por objetivo comparar a condução de duas práticas distintas de clínicas psicodinâmica do trabalho - da cooperação e patologias – realizadas no Sindicato dos Professores do Distrito Federal. Os resultados aqui apresentados são fruto de experiência orientada pelo método proposto por Mendes e Araujo (2011/2012),relatando dois casos em modalidades distintas em clínica psicodinâmica do trabalho com professores da rede de ensino público do Distrito Federal. A clínica psicodinâmica do trabalho foi sugerida para o Sindicato dos Professores a partir do resultado de uma pesquisa também realizada pelo Laboratório de Psicodinâmica e Clínica do Trabalho da Universidade de Brasília. O recorte de dados apresentado contempla a participação voluntária de 30 professoras e professores distribuídos em dois grupos de acordo com sua demanda: um de cooperação, realizado com professores de uma mesma escola em seu local de trabalho, e um de patologias/inclusão, que agrupou professores de diversas escolas e regiões do Distrito Federal em situação de readaptação funcional, este acontecendo no espaço físico do sindicato. As sessões, realizadas por uma psicóloga, eram semanais, com duração média de uma hora e meia, e ocorreram durante três meses e meio, contabilizando uma média de 10 sessões por grupo. Supervisões não-sistemáticas e não periódicas foram realizadas ao longo do percurso clínico. Os dados foram registrados em diários de campo e memoriais para serem submetidos posteriormente a Análise Clínica do Trabalho de Mendes & Araujo (2012). Os resultados indicam que diferentes modalidades de clínica do trabalho exigem diferentes articulações dos dispositivos clínicos, além do seu encadeamento, apontando ainda para diferentes tipos de condução de acordo com a situação de cada grupo, além de reiterar a importância da supervisão como dispositivo clínico. Nesse contexto de aplicação profissional da Clínica do Trabalho como pesquisa e intervenção pode-se notar a imposição do real do trabalho no ofício do clínico do trabalho conforme se depara com imprevistos e questionamentos advindos da aplicação da teoria à prática, observando que a psicodinâmica do trabalho de cada grupo tem influências diretas na estruturação do processo clínico. _______________________________________________________________________________________ ABSTRACT |