Simulação hidrológica e da produção e transporte de sedimentos na bacia do rio Beni, Amazônia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Farias, Josiane Rosa Costa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.unb.br/handle/10482/51602
Resumo: O rio Beni é reconhecido como sendo o maior contribuinte em termos de descarga sólida dentre os afluentes da bacia do rio Madeira, que por sua vez contribui com aproximadamente 50% da carga de sedimentos que chega à bacia Amazônica. Dada a importância de entender a dinâmica de sedimentos nos rios, esta pesquisa aplicou o modelo hidrológico MGB e seu módulo de sedimentos MGB-SED na bacia do rio Beni, a fim de avaliar sua eficiência nessa área de estudo. Para isso, foi utilizada a base de dados observacionais de vazão e concentração de sedimentos suspensos do HyBAM, permitindo verificar como a inclusão de um maior número de estações na região influencia a simulação hidrológica e de sedimentos ao se comparar com outros estudos disponíveis na literatura. Nos resultados hidrológicos, o índice de Nash-Sutcliffe foi igual ou superior a 0,70 em quase todas as estações, exceto em El Sena, que obteve um valor de 0,59. Em relação ao comportamento hidrológico simulado pelo modelo observado nos hidrogramas o desempenho foi satisfatório embora com ressalvas, especialmente quanto a um erro sistemático de superestimação das vazões de pico nas estações de jusante, cuja principal hipótese explicativa são os dados de precipitação. No entanto, na simulação de sedimentos, o índice de Nash-Sutcliffe apresentou valores mais baixos, sendo superiores a 0,40 para a concentração de sedimentos suspensos e acima de 0,50 para a descarga sólida nas estações, com exceção de El Sena, que apresentou valores menores em ambos os casos. Observou-se uma recorrente subestimação das concentrações de pico nas estações, possivelmente justificada pelo modelo não simular areia em suspensão que é uma característica dessas regiões. Nos demais resultados relacionados aos sedimentos, observou-se uma maior eficiência principalmente na representação sazonal das cargas de sedimentos suspensos e na estimativa de carga anual de sedimentos, destacando-se Cachuela Esperanza que teve um erro de apenas 0,02% comparando-se com os dados observados. Por fim, observa-se que o modelo apresentou uma melhoria quantitativa em alguns índices e estimativas anuais ao ser comparado com outros estudos da literatura, porém, revelou deficiências significativas na representação do comportamento diário, especialmente na concentração de sedimentos suspensos, indicando a necessidade de ajustes para aprimorar a precisão em intervalos de curto prazo.