Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Oliveira, Licia Nunes de |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.unb.br/handle/10482/51655
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Resumo: |
PertenSer propõe uma reflexão sobre a corporeidade, compreendendo o corpo como uma instância de manifestação de subjetividades em constante transformação, moldada pelas relações entre o sujeito e as outras existências, incluindo o mundo mais que humano ao seu redor. Nessa perspectiva, o corpo não é apenas uma manifestação da identidade em construção, mas também um elo entre o ser humano e a natureza, elemento fundamental nesse processo formativo. Este estudo, de caráter misto, exploratório e descritivo, foi desenvolvido em três etapas, com o objetivo de investigar como a corporeidade pode favorecer a conexão de crianças com a natureza, por meio de oficinas ecopedagógicas em uma prática vivencial de educação ambiental. A primeira etapa consistiu em um survey diagnóstico com estudantes do 4º ano do ensino fundamental de uma escola pública na região periférica de Sol Nascente/DF (N=62). A amostra foi composta por 40,3% de participantes do sexo feminino, 38,1% do sexo masculino, e 1,6% não respondeu à pergunta sobre gênero. A média de idade foi de 9,71 anos, com desvio padrão de 0,61. Constatou-se que, inicialmente, as crianças já se compreendiam conectadas com a natureza. O survey incluiu um questionário de variáveis sociodemográficas e duas escalas: a escala de Conectividade com a natureza (Inclusion of Nature in Self – INS) e a escala de Conexão com a Natureza Infantil (Connection to Nature Index for Children – CNC). Após essa etapa, foram realizadas oficinas ecopedagógicas vivenciais com uma das turmas (N=21), nas quais as crianças vivenciaram práticas corporais em um espaço verde da escola, incluindo respiração consciente, atenção plena, posturas de yoga, brincadeiras e a criação de um jardim sensorial. Além disso, uma saída de campo foi realizada, proporcionando uma experiência imersiva em um parque ecológico da região. Após as oficinas, o survey foi reaplicado, e os resultados indicaram que as crianças ainda se compreendem conectadas à natureza. Essa temática, especialmente quando voltada para o público infantil, ainda é pouco explorada. Considerando isso, somado às complexas questões socioambientais do território onde vivem os estudantes, o estudo ressalta a importância de processos formativos que promovam a sensibilização ecológica, particularmente em contextos periféricos. Além disso, é essencial que as políticas públicas ofereçam suporte às escolas para que se tornem promotoras da cultura do cuidado: mental, social e ambiental, sendo que a criação, a ampliação e a manutenção dos espaços verdes escolares são fundamentais para o desenvolvimento biopsicossocial das crianças. Em um cenário de crise ambiental e civilizatória, torna-se urgente que os seres humanos resgatem, em sua própria natureza, o vínculo que nos conecta à grande teia sistêmica e relacional da vida. O corpo, nesse contexto, emerge como a instância sensível e concreta de transformação, sendo fundamental em processos formativos de educação ambiental. |