Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2024 |
Autor(a) principal: |
Vargas, Lucas Albanaz |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
http://repositorio.unb.br/handle/10482/51731
|
Resumo: |
Introdução: A catastrofização é um padrão cognitivo em que o indivíduo antecipa o pior desfecho possível de um evento, muitas vezes sem evidências suficientes para tal comportamento. Especificamente, a catastrofização da dor neonatal pela mãe pode envolver uma resposta cognitivo-afetiva desfavorável à dor, uma amplificação de seu valor real e pode interferir na percepção de autoeficácia pela mãe. O comportamento parental diante de um evento doloroso de seu filho pode também influenciar a experiência de dor pela criança. Objetivos: Este estudo teve como objetivos avaliar como a visualização de um evento doloroso nos neonatos pelas mães impacta sua expressão de catastrofização da dor e o nível de estresse dos neonatos ao evento doloroso de acordo com a presença ou ausência materna. Metodologia: Estudo observacional com 130 díades mãe-neonato realizado no período imediato pós-parto. As mães participantes foram randomizadas em dois grupos. No grupo I, as mães acompanharam seus neonatos durante a punção venosa para o teste de triagem neonatal e no Grupo II as mães foram informadas sobre a ocorrência da punção, mas não estavam presentes no procedimento. Foram administrados quatro questionários: formulário de coleta de dados clinicodemográficos, Escala de Percepção de Autoeficácia Parental (PAEPM), Escala de Depressão Pós-Parto de Edimburgo (EPDS) e Escala de Catastrofização Parental (ECS-P). Variáveis fisiológicas como cortisol salivar materno e neonatal, variabilidade da frequência cardíaca (VFC) materna e neonatal e atividade de condutância elétrica (ACP) materna também foram coletadas e analisadas quanto à possibilidade de serem potenciais parâmetros de avaliação da intensidade de catastrofização da dor pelas mães e de nível de estresse dos neonatos ao evento doloroso. Resultados: Não houve diferenças significativas nos escores de catastrofização materna entre os grupos (p = 0,98). As mães de ambos os grupos apresentaram escores elevados na PAEPM, com médias de 63,6 (DP ± 9,9) no grupo I e 64,0 (DP ± 8,8) no grupo II. As mães do grupo II apresentaram concentrações mais altas de cortisol salivar nos períodos pré (p = 0,00) e pósevento doloroso (p = 0,01). Não foram observadas diferenças significativas na VFC materna. As mães do grupo I exibiram maior ACP. Nos neonatos, não houve diferenças nos níveis de cortisol entre os períodos pré e pós-evento, mas a variação foi maior no grupo II (p = 0,00). O grupo II também apresentou maior VFC neonatal. Conclusão: Este estudo sugere que o padrão de catastrofização observado em mães que testemunham a experiência dolorosa de seus neonatos não é diretamente influenciado pela exposição visual do evento. Entretanto a presença materna no procedimento correlacionou-se positivamente a parâmetros fisiológicos que indicam menor nível de estresse materno e neonatal. |