Começo

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Arnaut, André Roberto Tonussi
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.unb.br/handle/10482/51668
Resumo: Esta tese começa da hesitação em começar uma tese, explorando o que estaria filosoficamente envolvido na dificuldade de colocar as primeiras letras na página em branco. Heidegger, Levinas e Derrida são mobilizados nesse primeiro momento, em que se trata sobretudo de desconstruir a ideia de começo enquanto Deus. O texto recomeça da preguiça em prosseguir, que é analisada em termos dos conceitos de obra e tarefa de Jean-Luc Nancy. O preguiçoso foge da obra, mas não da tarefa. A tarefa então se desdobra na brincadeira, em um “antiadultismo” ou “anti-sisudismo” de uma filosofia em segunda pessoa. Um você que não é o seu eu. Você=você=você..., na repetição rítmica do deferir indefinidamente da diferança (Derrida). A brincadeira como a modéstia do ser humano comum, que, se não é o homem-para-o-filósofo (François Laruelle), tampouco é o homem-para-o-intelectual. A espectralidade mostra-se, assim, como um modo de pensar para além do rigor da intelectualidade. A conclusão então aparece como um começo sob a forma de um convite, mas também da fachada de um final, e de uma gambiarra: a relação enquanto tal como o pensamento híbrido de Bruno Latour.