Sobrevivendo no inferno : um estudo sobre a roda de conversas de homens negros de brasília e narrativas sobre saúde

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Cunha, Vinicius Dias
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.unb.br/handle/10482/51926
Resumo: Este trabalho busca analisar as estratégias de manutenção da saúde, desenvolvidas entre homens negros na Roda de Conversa de Homens Negros de Brasília (RCHNB), que é executada quinzenalmente e de forma autônoma por um coletivo de homens desde o dia 22 de agosto de 2018 em Brasília, Distrito Federal. Através do método de pesquisa social reconstrutiva (Bohnsack, 2020), foram identificados três eixos narrativos que se repetiam entre os participantes, nos dando um panorama grupal da RCHNB: 1 – A Roda como equipamento de promoção de saúde; 2 – A Roda ressignificando a negritude dos participantes; 3 – A Roda como uma estratégia contracolonial de enfrentamento do racismo por homens negros. A pesquisa ressalta aspectos subjetivos através da reprodução de falas e significados dos participantes, juntamente com uma narrativa pessoalizada do porquê o tema foi escolhido, demonstrando um entrelaçamento com o foco de pesquisa e a construção de vida de um ser afetado (Fravet-Saada, 2005) pela temática, o que resultou em um olhar para subjetividades múltiplas – ainda que todos estivessem dentro da categoria homens negros. Com isso, buscouse chamar atenção para a necessidade de desmistificação e de quebra de um bloco monolítico de análise. O grupo deixou evidenciado a complexidade da separação em duas categorias estruturantes da sociedade brasileira: o gênero e a raça. A pesquisa também destaca dispositivos legislativos que possibilitariam pensar a promoção de saúde para os homens negros do Brasil em um nível institucional do Estado brasileiro.