Entre a dor e o silêncio : a violência contra a mulher em romances contemporâneos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2019
Autor(a) principal: Dutra, Paula Queiroz
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.unb.br/handle/10482/35677
Resumo: Com base nos estudos de gênero e na crítica literária feminista, esta pesquisa buscou investigar como se dá a representação da violência contra as mulheres na literatura contemporânea e em que medida essa representação difere de acordo com a perspectiva social e o lugar de fala dos autores e das autoras. Para isso, foram selecionados nove romances, tanto de autoria masculina quanto de autoria feminina, que abordassem a temática da violência contra a mulher de forma significativa e a partir de eixos temáticos: a violência nas guerras e zonas de conflito, o assédio no ambiente de trabalho, a violência doméstica e a violência sexual. Com isso, buscou-se compreender o que o surgimento mais expressivo dessa temática de violência nas literaturas portuguesa e estadunidense, assim como o que nos revela o silenciamento sobre o tema na literatura brasileira contemporânea, trazem de novo para a representação feminina e para a construção de uma cultura que preza pelo fim da violência contra as mulheres. Com base na análise dos romances Reze pelas mulheres roubadas (2015), de Jennifer Clement, Um homem: Klaus Klump (2007), de Gonçalo M. Tavares, O apocalipse dos trabalhadores (2008), de Valter Hugo Mãe e A filha do coveiro (2007), de Joyce Carol Oates, Desesterro (2015), de Sheyla Smanioto, O remorso de Baltazar Serapião (2006), de Valter Hugo Mãe, Na escuridão, amanhã (2013), de Rogério Pereira, Sinfonia em Branco (2001), de Adriana Lisboa e A construção do vazio (2017), de Patrícia Reis, observou-se que o lugar de fala e a perspectiva social do autor impacta na representação da violência contra a mulher.