Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2021 |
Autor(a) principal: |
Ramalho, Sergio Henrique Rodolpho |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.unb.br/handle/10482/47972
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Resumo: |
Introdução: A disfunção pulmonar, mesmo subclínica, associa-se a adaptações morfofuncionais cardíacas em adultos. Entretanto, é controverso se estas alterações se estendem aos idosos, independentemente daquelas esperadas pelo próprio envelhecimento. Também não está estabelecido se indivíduos com padrões espirométricos específicos tem maior predisposição para desenvolver insuficiência cardíaca (IC) com fração de ejeção reduzida (ICFER) ou preservada (ICFEP). Já naqueles com IC estabelecida, há dados conflitantes sobre qual a magnitude da limitação de cada padrão espirométrico sobre as respostas ao exercício, impactando o prognóstico. A hipótese é que há associações diferenciais para cada padrão espirométrico, com função, estrutura e prognostico cardiovasculares. Objetivos: Investigamos a magnitude da associação da porcentagem da capacidade vital forçada prevista (ppCVF) e a razão do volume expirado forçado em 1 segundo (VEF1)/CVF (VEF1/CVF) com: 1) função cardíaca e incidência de IC global, ICFEP ou ICFER em idosos sem IC (ESTUDO1); e 2) variáveis funcionais e risco para o desfecho composto (morte cardiovascular, transplante cardíaco ou implante de dispositivo de assistência ventricular esquerda) em indivíduos com IC (ESTUDO2). Métodos: A associação transversal de VEF1/CVF e ppCVF com medidas ecocardiográficas e funcionais foi avaliada por regressão linear uni e multivariada em ambos estudos. A associação longitudinal com a incidência dos respectivos desfechos foi avaliada usando modelos de regressão de Cox uni e multivariados [mostrados como hazard ratio (HR) por 10 unidades de redução; IC95%]. Resultados: Estudo1 - com 75±5anos e 40%homens, a menor VEF1/CVF, foi associada a maior pressão arterial pulmonar (PSAP) (p = 0,004) e à incidência de IC (HR 1,21; 1,01-1,47). A menor ppCVF foi associada a maiores massa do VE, pressão de enchimento do VE e PSAP (todos p <0,01) e ainda à ICFEP (HR 1,20; 1,03-1,39). Estudo2: com 57±12anos, 60%homens e 63%NYHA III, ambos VEF1/CVF e ppCVF reduzidos foram associados à menor reserva ventilatória (p<0.001), no entanto, apenas o ppCVF foi associado à PImax (p=0.03), fração de ejeção (p=0.01) e VO2pico (p=0.03). As reduções lineares na VEF1/CVF ou na ppCVF não foram significativamente associadas ao desfecho combinado. No subgrupo com FEVE ≤45%, VEF1/CVF (HR 1,52; 1,01-2,30), mas não ppCVF (1,11; 0,88-1,40), foi associada a maior risco. Conclusões: Em relação às alterações morfofuncionais cardiovasculares, enquanto que ambas VEF1/CVF e ppCVF reduzidas estão associadas à maior PSAP e menor reserva ventilatória, somente a ppCVF correlaciona-se com disfunção diastólica e sistólica, menores PImax e VO2 pico. A incidência de IC também foi diferente, pois apesar do padrão obstrutivo aumentar a chance de desenvolver IC, a incidência de ICFEP foi maior entre idosos com padrão restritivo. Já dentre indivíduos com IC avançada, a associação da espirometria com prognóstico, parece ter mais valor entre pacientes com ICFER. |