Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2025 |
Autor(a) principal: |
Fonseca, Aimê Stefany Alves da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://repositorio.unb.br/handle/10482/51828
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Resumo: |
Os ácidos graxos de cadeia curta (Short-Chain Fatty Acids - SCFAs) são os principais metabólitos da microbiota intestinal e possuem repercussão na manutenção da homeostase sistêmica, a partir de efeitos que perpassam a modulação da expressão gênica e metabolismo celular. Seu papel nas relações patógeno-hospedeiro envolve efeitos imunomodulatórios especialmente nos fagócitos, promovendo o equilíbrio pró- e anti-inflamatório. Estudos preliminares sobre o papel dos SCFAs em infecções bacterianas e fúngicas sugerem que macrófagos e células dendríticas possuem capacidade fungicida aumentada. Entretanto, ainda não há registros do efeito de SCFAs em Paracoccidioides brasiliensis, uma das espécies responsáveis pela Paracoccidioidomicose (PCM), considerada a principal micose sistêmica no Brasil e América Latina, e cujo tratamento inclui eventos adversos, longa duração e resistência a antifúngicos, o que torna cada vez mais necessária a busca por alternativas terapêuticas para a patologia. Destarte, o objetivo da pesquisa é avaliar o potencial papel imunomodulador dos SCFAs na atividade de fagócitos infectados por leveduras de P. brasiliensis. Leveduras do isolado Pb18 foram tratadas com Acetato, Propianato ou Butirato de Sódio para avaliar seu efeito direto na viabilidade fúngica. Em seguida, macrófagos murinos de linhagem imortalizada e primários, e células dendríticas foram tratados com os SCFAs e infectados in vitro com Pb18. A produção de citocinas e óxido nítrico (NO) foi avaliada pelos ensaios ELISA e Griess, respectivamente, por 24 e 48 horas. Adicionalmente, avaliou-se a capacidade fungicida de macrófagos e o papel da acidificação do fagolisossomo nesse processo. Como resultados, foi possível apontar inibição na secreção de TNF-α e IL-10, e aumento na secreção de IL-1β por fagócitos infectados tratados com SCFAs, em relação aos grupos não tratados. Além disso, o tratamento com SCFA promove uma aumentada capacidade fungicida dependente da acidificação do fagolisossomo. Não houve efeito dos SCFAs na viabilidade fúngica, nem na produção de NO e IL-12. Portanto, conclui-se que os SCFAs não afetam diretamente a viabilidade de P. brasiliensis, mas modulam a secreção de citocinas pró- e anti-inflamatórias na infecção de macrófagos e células dendríticas murinas pelo fungo. Além disso, a acidificação do fagolisossomo é necessária, mas não suficiente, para a atividade fungicida induzida por SCFAs. Os achados, portanto, sugerem um papel imunomodulador dos SCFAs nesses fagócitos. |