Formação de professores de Língua Portuguesa em foco : uma proposta de relação entre Gramática Gerativa, Inteligência Artificial e competências das bases curriculares contemporâneas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Gomes, Cintya Cardoso de Oliveira Brito
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.unb.br/handle/10482/51688
Resumo: A delimitação do tema desta pesquisa diz respeito às questões de formação por competências numa perspectiva gerativista, em sincronia com as Bases Curriculares contemporâneas, tendências educacionais e os avanços tecnológicos. O objetivo é descrever as principais características de formação por competências linguístico-socioemocionais e tecnológicas da Base Nacional Comum Curricular/BNCC (BRASIL, 2018e) e Base Nacional Comum para a Formação Inicial de Professores da Educação Básica/BNC (BRASIL, 2020a) e de suas relações com as noções de soft skills e hard skills e a Inteligência Artificial para propor uma releitura dessas Bases sob a perspectiva gerativista. Especificamente objetiva-se: a) identificar o modo pelo qual os aspectos linguístico-socioemocionais e tecnológicos das competências gerais dessas Bases Curriculares se organizam para mobilizar os conhecimentos prévios, protagonismo, engajamento com o outro, a emoção, as noções de hard skills e soft skills e as soluções criativas (inclusive tecnológicas) em função do desenvolvimento humano integral; b) apresentar o modelo teórico de descrição estrutural das sentenças pelo sistema de geração gramatical e seus efeitos no processamento de linguagem natural das máquinas para argumentar que o uso das tecnologias dos sistemas da Inteligência Artificial depende da competência linguística humana e c) explicitar os fundamentos inatos da aquisição da linguagem, o conceito de competência linguística e a criatividade sob o viés gerativista, relacionando-os às noções soft e hard skills, para entender a forma pela qual as competências gerais dessas Bases podem ser adquiridas. O corpus desta pesquisa constitui-se de dez competências gerais da BNCC (BRASIL, 2018e) e de dez competências gerais da BNC (BRASIL, 2020a), totalizando vinte competências. Trata-se de uma abordagem de cunho descritivo-interpretativo. Os enunciados foram analisados qualitativamente com base nas fundamentações teóricas e documentais. Os documentos de caráter normativo nos quais esta pesquisa se fundamentou foram as propostas de formação por competências da BNCC (BRASIL, 2018e) e BNC (BRASIL, 2020a). Os pressupostos teóricos desta pesquisa tiveram respaldos nas discussões histórico-teóricas sobre o conhecimento no estudo de Humboldt (1999), Platão (1973, 2001) e Descartes (1996); na formulação e entendimento de Chomsky (1957,1959a, 1959b, 1962, 1963, 1965, 1966, 1968, 1975, 1976, 1981, 1982, 1986, 1995, 1997, 1999, 2000a, 2000b, 2002a, 2002b, 2002c, 2004, 2005, 2006a, 2006b, 2009, 2014, 2015, 2017, 2021, 2023a, 2023b) sobre os fundamentos inatos da aquisição da linguagem, o conceito de competência linguística, a criatividade e o modelo teórico de geração de línguas naturais; na abordagem sobre o conceito de hard skills e soft skills de Babić e Slavković (2011); na pesquisa de Guerra-Vicente, Lunguinho e Gomes (2021) sobre o papel das soft skills e hard skills na formação docente e, por fim, na investigação de Menezes (2011), Morato (2019), Kovacs ([2021]), Catarino (2023) e Juratsky e Martin (2024) sobre a concepção de processamento de linguagem natural das máquinas e os efeitos do modelo de geração de línguas naturais no uso de tecnologias. Conclui-se que é possível uma formação baseada em competências linguístico-socioemocionais e tecnológicas, aliada às hard e soft skills e à Inteligência Artificial, com a incumbência de não apenas valorizar o protagonismo e pensamento científico, crítico e reflexivo, mas envolver os aparatos inatos da aquisição da linguagem, o conceito da competência linguística e a criatividade. Cabe ao professor capacitar o aprendiz a tomar a consciência da complexidade linguística humana como poder do conhecimento sobre as competências linguístico-socioemocional e tecnológicas das Bases Curriculares.