Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Silva-Aguiar, Dhenny Kétully Santos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Não Informado pela instituição
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
https://repositorio.unb.br/handle/10482/38967
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Resumo: |
Esta dissertação tem como objetivo principal descrever a atuação dos intérpretes de língua de sinais em um contexto de conferência multilíngue – o 6º Congresso Nacional de Pesquisas em Tradução e Interpretação de Libras e Língua Portuguesa, 2º Congresso Nacional de Pesquisas em Linguística e Libras e V Encuentro de Sordos e Intérpretes de Lengua de Señas –, com o intuito de identificar as peculiaridades desse âmbito de atuação em comparação com as conferências bilíngues e os desafios, estratégias e habilidades exigidas para os profissionais envolvidos. A fundamentação teórica desta pesquisa tem como principais autores: Moreno Cabrera (2016), Nogueira (2016), Pagura (2003), Barbosa (2014), Guarinello et al. (2017), Rodrigues (2018), Faria e Galán-Mañas (2018) e de Wit (2010). O percurso metodológico adotado foi de cunho descritivo e parte de uma abordagem qualitativa. O primeiro passo da pesquisa consistiu uma análise documental e bibliográfica para levantarmos as temáticas abordadas pelos cursos de formação de tradutores/intérpretes de língua de sinais no âmbito brasileiro. A análise procurou identificar a possível oferta de outras línguas de trabalho, além de Português e Libras. Depois, procedeu-se à pesquisa do evento mediante observação. Após o evento, realizou-se a aplicação de questionários junto aos intérpretes da equipe e foi realizada uma entrevista com o coordenador da equipe de intérpretes, para compreender melhor a organização da equipe. A análise dos dados obtidos evidenciou que os currículos dos cursos não preveem uma formação para além do par linguístico Libras – Português. A língua oficial do evento foi a Libras e foi garantida interpretação simultânea para Português, Espanhol e Sinais Internacionais, permitindo que usuários de outras línguas levassem seus próprios intérpretes. A partir da observação, foi possível evidenciar que a interpretação ocorreu de forma predominantemente direta, entretanto, houve casos de interpretação indireta. Outro fator observado foi a frequente alternância de código linguístico durante uma conferência e outra, o que exigiu grande organização da equipe de interpretação, que atuou de forma coordenada. As respostas dos participantes mostraram que, em sua maioria, possuem conhecimento de outra língua, em nível básico ou intermediário, e que já tiveram outras experiências em contextos multilíngues. Além disso, relataram como maior dificuldade do contexto multilíngue a terminologia e o acesso prévio ao conteúdo para estudo preliminar, bem como a necessidade de estratégias de atuação distintas de um contexto bilíngue. Por outro lado, no que diz respeito à logística e às condições de trabalho, tanto a observação do evento quanto os relatos dos participantes evidenciaram que a organização foi muita cuidadosa com as condições de trabalho da equipe de interpretação. Quando questionados sobre a formação na perspectiva de atuação em contexto multilíngue, todos os participantes apontaram que seria necessária devido às especificidades da situação. Com base nos resultados da pesquisa, são apresentadas possíveis soluções para que os cursos abranjam a atuação em conferências multilíngues. |