Identidade negra docente e currículo modelado: estudo de caso em uma escola da Secretaria de Educação do Distrito Federal (2023-2024)

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2024
Autor(a) principal: Costa, Leilane Toledo
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Não Informado pela instituição
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://repositorio.unb.br/handle/10482/51654
Resumo: A pesquisa teve como objetivo geral compreender se a identidade negra do/a docente influencia na “modelagem curricular” (SACRISTÁN, 2017). Como pressuposto, depreendeu-se que as identidades negras são um fator que pode ou não ser preponderante na fase de “modelagem curricular”, para que a prática pedagógica do/a docente siga numa perspectiva antirracista e contribua no trabalho com conteúdos de História e Cultura Afro-Brasileira, conforme preconiza a Lei nº 10.639/2003. Realizamos uma pesquisa de abordagem qualitativa, tendo como método o estudo de caso único (Yin, 2015), em uma escola de anos finais, da cidade de Samambaia – DF, com docentes que se autodeclararam negros/as. Nossa intenção foi responder à seguinte indagação: A identidade negra do/a docente influencia na “modelagem curricular” (SACRISTÁN, 2017)? Para auxiliar ao pleito do nosso objeto de pesquisa, foram articulados os seguintes eixos: I. Educação para as relações étnico-raciais negras, sustentada por Cavalleiro (2001, 2021), Gomes (2017), Gonçalves e Silva (2009), Munanga (2009), Nascimento (2018), Carneiro (2019); II. Currículo e docência para as relações raciais negras, à luz de Apple (2006), Goodson (2018), Moreira e Silva (2013), Sacristán (2017), Silva T. (2000), Silva F. (2021), Young (2007); e III. Identidades negras docentes, aportados em Carneiro (2015), Cavalleiro (2021), Gomes (2001), Munanga (2009) e Nóvoa (2017). Como procedimentos de pesquisa, adotamos: Estado da Arte para identificar as lacunas e onde avançamos. No que diz respeito ao nosso objeto de pesquisa, foi realizada a análise documental exploratória, com questionário para todos os professores da instituição escolar, no qual identificamos quais docentes se reconheceram negros/as e quais foram as suas percepções sobre a educação das relações étnico-raciais negras. Aos docentes que se reconhecem como negros/as, foi aplicada entrevista semiestruturada. Utilizamos a análise de conteúdo (Bardin, 2016) que nos permitiu fazermos as inferências necessária dos dados empíricos, porque capturamos duas categorias centrais investigativas: “homem negro” e “mulher preta”. Por meio das unidades de registro, quais sejam: identidades negras e influência da identidade, constatamos como resultado de pesquisa que a identidade negra docente é capaz de “modelar o currículo” (Sacristán, 2017), em uma perspectiva antirracista ao propor, por meio da práxis, os conteúdos relacionados à temática étnico-racial.