Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2017 |
Autor(a) principal: |
Santos, Fernanda Barros dos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/24013
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Resumo: |
Os procedimentos cirúrgicos ortopédicos geralmente não podem ser evitados, e mesmo com analgesia preempitiva é necessário controle efetivo da dor pós-operatória, uma vez que tais procedimentos têm potencial de gerar dor intensa, diretamente relacionada ao longo período de recuperação do paciente. A dor pós-operatória, quando não tratada de forma eficaz, torna-se patológica, podendo desencadear uma série de distúrbios, incluindo imunossupressão, alterações cardiovasculares e emaciação, atraso na cicatrização e na evolução para cura, tornando-se crônica. Os opioides são frequentemente utilizados no tratamento da dor pós-operatória de intensidade moderada a severa, em doses altas muitas vezes requeridas em pacientes submetidos a cirurgias ortopédicas, o que favorece a instalação dos efeitos deletérios desta classe de nalgésicos. Nesse sentido, o uso de terapias multimodais e não farmacológicas vem ganhando destaque no sentido de aperfeiçoar a terapia analgésica e diminuir o uso dos mesmos, ou até como alternativa em pacientes para os quais restrições farmacológicas existam. Um destes meios é a Neuroestimulação Elétrica Transcutânea (TENS), técnica já utilizada com sucesso na medicina humana com eficácia comprovada, de fácil aplicação, não invasiva, sem contraindicações e financeiramente acessível. Este estudo foi desenvolvido para avaliar o controle da dor pós-operatória de 14 cães, de até 25 kg, submetidos a cirurgias ortopédicas em um dos membros pélvicos no Hospital Veterinário da UFV, mediante autorização dos proprietários. A medicação pré-anestésica foi morfina na dose de 0,3 mg/kg intramuscular, indução anestésica com propofol na dose de 4 a 6 mg/kg, seguida de manutenção com isoflurano e aplicação debolus de 0,1 ml/kg de fentanil nos casos que se fizeram necessários. Ao final do procedimento cirúrgico, os animais foram divididos aleatoriamente em dois grupos: GT que receberam sessões de TENS convencional próxima a ferida, baixaintensidade e alta frequência de impulso elétrico (100Hz), com duração de 30 min, com intervalos de 90 min entre as sessões, e GC que receberam os eletrodos, entretanto o equipamento não foi ligado. Em todos os animais foirealizada avaliação de dor antes do procedimento cirúrgico, ao final do mesmo, assim que o animal retomou a consciência após anestesia, e a cada 120 minutos durante 11 horas. O avaliador não teve conhecimento do tratamento aplicado e utilizou duas escalas de dor: a “Escala de dor de Glasgow modificada” e a “Escala de dor da Universidade de Melbourne”. Nos casos em que o animal obteve um escore de dor, pela escala da Universidade de Melbourne acima de 33,3% da pontuação máxima que é de 27 pontos, foi realizada administração de morfina (0,3 mg/kg) intramuscular, respeitando o intervalo mínimo de 4 horas entre as aplicações. A pontuação em cada avaliação, o número de administrações adicionais de morfina pós-operatória e o tempo para a primeira aplicação foramcomparadas entre os grupos. A analgesia da TENS, segundo as escalas de dor utilizadas para avaliação, se mostrou semelhante à da morfina, promovendo escores iguais ou menores aos encontrados no grupo tratado apenas com morfina. A probabilidade de haver resgates analgésicos no pós-operatório nos dois grupos foi semelhante, sugerindo um controle eficaz da dor pela aplicação de TENS. Conclui-se que a TENS foi capaz de promover analgesia pós-operatória eficaz e semelhante à da morfina, diminuindo o número de resgates analgésicos durante a avaliação. |