Efeito do Roacutan® (isotretinoína) sobre o aparelho reprodutor de ratos Wistar adultos

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2013
Autor(a) principal: Goulart, Andréa Costa
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Biologia e Manejo animal
Mestrado em Biologia Animal
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/2270
Resumo: O uso de drogas para tratamento da acne é cada vez mais frequente, destacando-se a eficácia do fármaco Roacutan® 10 e 20mg, um retinoide que contém em sua fórmula uma substância derivada da vitamina A, a isotretinoína (ácido 13-cis-retinóico), que melhora os aspectos clínicos da acne grave e está associada à supressão da atividade e diminuição do tamanho das glândulas sebáceas. Diversos estudos demonstram que o Roacutan® é teratogênico durante seu uso ou mesmo até um mês após sua interrupção, porém são escassos e inconclusivos os relatos em literatura que comprovem sua toxicidade ao aparelho reprodutor masculino. Este estudo investigou a ação tóxica do fármaco sobre a morfofisiologia do aparelho reprodutor de ratos Wistar adultos. Vinte e quatro ratos adultos foram distribuídos em três grupos: dois grupos tratados e um grupo controle. Os animais dos grupos tratados foram submetidos ao tratamento com a administração por gavagem de 0,2mg e 0,4mg de Roacutan® em 1,0mL de óleo de soja/animal respectivamente, uma vez por dia, durante 60 dias. Os animais do grupo controle receberam também por gavagem 1,0mL de água/animal/dia. Os animais foram eutanasiados 60 dias após a primeira exposição, sendo feitas análises de biometria corporal, órgãos reprodutores, além de estereologia testicular, avaliação espermática e dosagem de testosterona sérica. As doses terapêuticas de Roacutan® mostraram pouca interferência sobre os túbulos seminíferos, sendo necessárias análises da população celular para se obter detalhes da ação deste fármaco neste compartimento. Entretanto, o tratamento com Roacutan® em ambas as doses causou aumento do compartimento tubular, redução do compartimento intertubular, do percentual de macrófagos, do número de células de Leydig e, consequentemente, reduziu os níveis de testosterona plasmática e o peso da próstata. Conforme avaliação do medicamento sobre a viabilidade espermática houve prejuízo na integridade das membranas espermáticas acompanhado da baixa motilidade total dos espermatozoides. A administração deste fármaco deve ser criteriosa uma vez que pareceu exercer efeito tóxico afetando a porção endócrina testicular.