Hipóteses filogenéticas baseadas em caracteres moleculares e estudos do tamanho do genoma em Dyckia Schult. & Schult.f. e Encholirium Mart. ex Schult. & Schult.f. (Bromeliaceae)
Ano de defesa: | 2014 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Ecologia Mestrado em Ecologia UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/3229 |
Resumo: | O gênero Dyckia Schult. & Schult. f. contém espécies exclusivas na América do Sul, cujos centros de diversidade encontram-se no sul do Brasil e nas áreas de Cerrado. Das 132 spp. reconhecidas, 129 ocorrem no Brasil e 112 são endêmicas do país. Já Encholirium Mart. ex Schult. & Schult. f. apresenta distribuição mais restrita, que se extende do sul do Mato Grosso do Sul ao norte do Piauí, com uma alta diversidade nos campos rupestres da Cadeia do Espinhaço de Minas Gerais. Hoje são aceitas 27 espécies de Encholirium, das quais 13 são endêmicas à porção mineira da cadeia do Espinhaço. Esses dois gêneros ocupam majoritariamente ambientes de clima estacional na diagonal seca, formada pela junção da Caatinga, Cerrado e Chaco. As espécies de ambos os gêneros são rupícolas, adaptadas ao estresse hídrico e possuem morfologia externa característica, com folhas suculentas e fortemente aculeadas. A delimitação dos gêneros Dyckia e Encholirium tem sido alvo de controvérsias ao longo do histórico taxonômico, o que se deve à similaridade morfológica entre eles, apesar de existirem caracteres que os distinguem (principalmente a posição do escapo floral). O principal objetivo desse trabalho foi testar o monofiletismo de Encholirium através de inferências filogenéticas baseadas em dois genes do cloroplasto. Vinte e duas espécies de Encholirium e sete de Dyckia foram coletadas nas cercanias de 11 municípios ao longo da Diagonal Seca ou adquiridas da coleção do Jardim Botânico do Rio de Janeiro. As inferências filogenéticas geradas não sustentam o monofiletismo de Encholirium. O segundo objetivo do trabalho foi obter os tamanhos dos genomas das espécies em estudo para tentar encontrar evidências de separação entre os dois gêneros e verificar se existe correlação entre o tamanho do genoma e medidas de estruturas morfológicas. Não foram encontradas diferenças significativas do tamanho dos genomas das espécies classificadas nos gêneros Dyckia e Encholirium (p = 0,9) e não foram detectadas relações entre medidas de caracteres morfológicos e tamanhos de genoma. Os resultados desse trabalho, somados a outros já publicados, sugerem a necessidade de revisão taxonômica dos gêneros para verificar se trata-se ou não de um único táxon. |