Disponibilidade do nitrogênio e qualidade do solo em sistemas agrícolas
Ano de defesa: | 2024 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
Solos e Nutrição de Plantas |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://locus.ufv.br/handle/123456789/32661 https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2024.397 |
Resumo: | A disponibilidade de nitrogênio (N) para as plantas é complexa devido à sua natureza dinâmica que envolve transformações químicas e biológicas, o que destaca a necessidade de métodos para sua estimativa e para aprimorar os atuais sistemas de recomendação de adubação nitrogenada. Embora existam métodos biológicos e químicos para estimar a disponibilidade de N, eles apresentam limitações, como a falta de características analíticas confiáveis para adaptação em procedimentos de rotina. Assim, esse estudo objetivou desenvolver critérios para o diagnóstico da responsividade dos solos a N, para orientar a recomendação da adubação nitrogenada em diferentes sistemas de cultivo, com base em métodos com operacionalidade adequada a laboratórios de análise para fins de avaliação da fertilidade dos solos. Para tanto, foram utilizados 14 amostras de solos das regiões dos biomas mineiros Cerrado e Mata Atlântica com ampla variação na caracterização química e granulométrica. Nestas amostras foram determinados os tores de N potencialmente mineralizável e constante de mineralização (k), pela incubação aeróbica, teores de carbono da matéria orgânica particulada (tC_MOP), teores das frações orgânicas de N, atividade das enzimas arilsulfatase e β-glicosidase e Índices de Qualidade do Solo (iQS) pela metodologia da Bioanálise e teores de N pelo Illinois Soil Nitrogen Test (tN-ISNT). Foi conduzido um experimento em casa de vegetação com cultivo de milho em função de cinco doses crescentes de N, para a obtenção de índices de produção de matéria seca (prMS) conteúdo de N (arN) relativos e aos índices de resposta à adubação com base na produção (ranMS_PAM) e conteúdo de N (ranN_PAM). Os solos foram categorizados em função das classes de responsividade à adubação nitrogenada, definidas de acordo com a prMS, arN, ranMS_PAM e ranN_PAM. Os resultados indicam que os solos mostraram ampla variação quanto a capacidade de suprimento de N. A constante de mineralização foi adequada para caracterizar a labilidade das frações orgânicas N, mostrando correlações significativas com a fração N-hexosamina (tN_hexos). As atividades das enzimas arilsulfatase e β-glicosidase indicaram sensibilidade aos diferentes manejos dos solos, assim como o IQS biológico. Os teores de N-ISNT correlacionaram-se significativamente com os teores de tC_MOP e tN_hexos, indicando sua sensibilidade com as frações mais lábeis de matéria orgânica e N orgânico. A correlação significativa entre o tN_ISNT com o índice de ranMS_PAM possibilitou definir limites dos tN_ISNT (mg kg-1) para as quatro classes de responsividade a N em função do índice ranMS_PAM. Este estudo indicou que os solos analisados ofereceram uma variabilidade adequada em relação à labilidade das formas orgânicas de N e sua responsividade à adubação nitrogenada. Foi possível diagnosticar a labilidade das formas orgânicas de N por meio de indicadores como o carbono da matéria orgânica particulada, a constante de mineralização, os teores de aminoaçúcares, e o índice de qualidade biológica. O Illinois Soil Nitrogen Test (ISNT) revelou-se um método eficaz para detectar variações na labilidade do nitrogênio orgânico e estabelecer limites para classificar a responsividade dos solos à adubação nitrogenada. Palavras-chave: ISNT; Bioanálise; frações orgânicas de nitrogênio; mineralização de nitrogênio; labilidade das formas orgânicas de nitrogênio. |