Mecanismos de reprodução das assimetrias de gênero no campo acadêmico: a formação universitária e a atuação profissional no Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal de Viçosa – MG

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Motta, Janayna Avelar
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/22337
Resumo: Por muito tempo a área das ciências agrárias foi demarcada como uma ciência masculina, tendo pouca participação e motivação pela presença das mulheres. A afirmação de que este espaço não pertencia às mulheres fez com que a sua visibilidade fosse menor frente aos homens. Este pensamento gerou um estereótipo profissional desejável no campo das agrárias, que tivesse a competitividade e a objetividade científica, características destinadas ao sexo masculino, e que não se aplicava ao sexo feminino. Aos poucos, as mulheres foram se adentrando no campo científico e consequentemente no campo das agrárias. A fim de verificar até que ponto se concretizou a presença das mulheres nas ciências, no mundo moderno, esta pesquisa buscou compreender como se efetiva a participação de homens e mulheres no campo acadêmico, tanto no âmbito da formação acadêmica, como no âmbito relativo à atuação profissional enquanto docentes no Centro de Ciências Agrárias da Universidade Federal de Viçosa. E de forma geral buscou-se analisar os mecanismos que atuam na reprodução das assimetrias de gênero no campo acadêmico das ciências agrárias da Universidade Federal de Viçosa. Uma vez que, o fato de não haver uma discriminação explícita frente ao sexo, não necessariamente condiz com a ideia de uma inserção harmoniosa das mulheres neste campo. Portanto, questiona-se nesta pesquisa, Como se estrutura a desigualdade de gênero na formação profissional e nas relações de trabalho, ao se observar um campo tradicionalmente masculino como o das Ciências Agrárias? Desta forma, utilizou-se da pesquisa quantitativa e qualitativa a partir de dados documentais e dados de questionários. A análise dos editais de concurso para professores do CCA e dos currículos lattes dos professores do CCA auxiliaram na verificação da proporção de professoras ingressantes nos cursos das agrárias nos últimos 10 anos e as redes de parcerias de publicação de professores e professoras, em uma perspectiva de gênero. Quanto aos dados dos questionários aplicados com professores e estudantes das agrárias nos levou a enxergar as possíveis segregações no campo acadêmico. As análises constataram que há uma hierarquização institucional nas ciências que se concretizou culturalmente e socialmente por meio das relações de poder das estruturas científicas.