Vulnerabilidade social e a capacidade de resiliência em áreas suscetíveis e afetadas por desastres ambientais na Bacia hidrográfica do Rio Paraopeba, Minas Gerais, Brasil

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2022
Autor(a) principal: Roque, Mariane Paulina Batalha
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Tese
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Extensão Rural
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://locus.ufv.br//handle/123456789/30553
https://doi.org/10.47328/ufvbbt.2023.012
Resumo: Os impactos relacionados aos riscos naturais estão aumentando e se tornando uma grande ameaça em nível global, o que tem levado a uma reorientação de pesquisas e programas. Importantes estudos têm se centrado principalmente nos seus aspetos físicos, no entanto o grau de vulnerabilidade e de resiliência das populações envolvidas não depende apenas da proximidade da fonte da ameaça, nem da natureza física do desastre. Os fatores sociais desempenham um papel fundamental na determinação de estratégias que minimizem os impactos, assim como sua preparação, sua resposta e sua mitigação, consequentemente os esforços também devem envolver, em diferentes estágios, as comunidades locais. Este estudo teve como objetivo traçar um conjunto de métricas, validadas nacional e internacionalmente, para identificar, avaliar, correlacionar e especializar os índices de vulnerabilidade social e resiliência aos riscos ambientais na Bacia do Rio Paraopeba. Para tanto, foram avaliadas duas áreas de estudo: uma onde o desastre já aconteceu e outra onde ele pode acontecer. A primeira área foi onde ocorreu um grande desastre ambiental no Brasil, também considerado um dos maiores do mundo: o rompimento da barragem de rejeitos Córrego do Feijão, em Brumadinho, em 2019. A segunda é a barragem de rejeitos Casa de Pedra, em Congonhas, atualmente considerada a maior mina a céu aberto em áreas urbanas da América Latina. O Índice de Vulnerabilidade Social adotado nesta pesquisa foi composto por três indicadores (social, de infraestrutura e econômico), assim como o Índice de Capacidade de Resiliência (ICR) (institucional, comunitário e ecológico). O índice e os indicadores utilizados foram desenvolvidos em um software livre, e os mapas, em sistema de informação geográfica (SIG). As pontuações foram atribuídas usando o Analytical Hierarchical Process (AHP). Este estudo representou a primeira abordagem para obter e avaliar espacialmente a vulnerabilidade social e a resiliência a desastres na Bacia do Paraopeba e no Brasil, após enfrentar um dos maiores desastres ambientais do mundo. Os principais fatores impulsionadores da vulnerabilidade e da resiliência foram identificados e analisados. Constatou-se que os municípios mais vulneráveis estão localizados sobretudo no norte da bacia, enquanto os da região do sul são menos vulneráveis. Verificou-se que a resiliência é maior no sul e na região central do Paraopeba, e menor no norte no Baixo Paraopeba. Nossos resultados contribuem para entender onde as consequências serão mais ou menos graves caso ocorra um desastre, pois as vulnerabilidades e a capacidade de resiliência são condições inerentes à sociedade, e os impactos do desastre se somam aos já existentes, podendo servir de referência para que diferentes stakeholders ampliem suas estratégias com base em uma abordagem socialmente mais equitativa para preparar, corrigir e mitigar as consequências dos impactos de eventos extremos, no sentido de alcançar resultados mais inclusivos e permanentes. Palavras-chave: Vulnerabilidade Social. Resiliencia. Geoprocessamento. Desastres socioambientais.