Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2000 |
Autor(a) principal: |
Santos, Anna Paula Rodrigues dos |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/11278
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Resumo: |
O objetivo desta pesquisa foi caracterizar e descrever alguns aspectos do período reprodutivo, da vida social, cultural e da saúde de dois grupos distintos de mulheres da cidade de Viçosa – M.G.: mulheres que permaneceram no âmbito doméstico e mulheres que exerceram o trabalho remunerado. Para tanto, foi coletada uma amostra constituída de 214 mulheres, casadas, com filhos, que já tinham completado 50 anos de idade, fazendo-se uso, para a coleta dos dados da entrevista semi-estruturada, que obedeceu à técnica de pesquisa de campo denominada bola de neve. Buscou-se fazer uma análise temática, associada a dados quantitativos, por intermédio dos objetivos específicos, que foram: identificar os aspectos físico-biológicos, indicativos de envelhecimento, percebidos pela mulher que já completou seu período fértil; comparar diferenças no estilo de vida entre os dois grupos de mulheres, categorizadas, em termos de participação no mercado de trabalho; analisar alguns fatores reprodutivos e epidemiológicos, entre os dois grupos diferenciados de mulheres - natalidade, fecundidade, nupcialidade, dentre outros. Constatou-se, em relação à percepção do envelhecimento que a maioria das mulheres se considerava idosa a partir dos 60 anos. Fisicamente, para representar a velhice, a maioria das mulheres definiu o envelhecimento através do aparecimento das doenças, do sentimento de dependência e da inutilidade. Com relação à menopausa, grande parte das mulheres não a considerava fator determinante da velhice. Verificou-se em relação aos grupos estudados que, independente do tipo de trabalho realizado, a renda e a escolaridade eram baixas, entre 1 e 2 salários mínimos e máximo de 4 anos de estudo formal. Quanto às características reprodutivas e de saúde, independente do tipo de trabalho realizado, as mulheres, em geral, não fizeram uso do planejamento familiar, seja por falta de informações ou, provavelmente, pela inexistência de um programa eficiente de informação e controle da natalidade no período de reprodução. Observou-se que este quadro está mudando com as mulheres mais jovens, onde houve quedas quanto ao número de filhos tidos, o que levou à conclusão de que estas gerações já estavam tendo acesso a esse tipo de informação. Em relação à idade de ocorrência da menopausa em ambos os grupos, a média foi de 44 e 46 anos respectivamente; sendo que a maioria delas não fazia tratamento de reposição hormonal. Houve uma maior ocorrência de doenças do aparelho reprodutor e das glândulas mamárias no grupo de mulheres que trabalharam fora de casa. Concluiu-se que o trabalho remunerado para as mulheres não passou de uma extensão do trabalho doméstico e era realizado para ajudar a complementar a renda familiar. Que não existem grandes diferenças estatísticas entre parâmetros que diferenciem a mulher que permaneceu no âmbito doméstico com a que realizou o trabalho remunerado, isto porque os 2 grupos estudados pertencem à gerações não muito diferentes; mas mesmo diante disto, pode-se notar pequenas diferenças, mas significantes nos estilos de vida destas gerações, o que para os profissionais da área é de fundamental importância, pois, incentiva novos estudos de comparações entre outras gerações. |