Suscetibilidade de ínstares larvais de populações de Spodoptera frugiperda a milhos Bt e o potencial de um marcador proteico para estudar a dispersão de mariposas

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2018
Autor(a) principal: Tavares, Clébson dos Santos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: https://locus.ufv.br//handle/123456789/32253
Resumo: A adoção de refúgio tem sido a principal estratégia para postergar a seleção de resistência de pragas em cultivos Bt. Dependendo do tipo de refúgio, a movimentação larval entre plantas e o padrão de dispersão dos adultos podem afetar a eficácia desta estratégia. Na modalidade de refúgio por mistura de sementes, a exposição a plantas Bt em diferentes idades larvais pode favorecer a seleção de resistência se a suscetibilidade for diminuída em ínstares avançados. Já na modalidade de refúgio em bloco, a distância entre as áreas Bt e não-Bt deve permitir o encontro de adultos provenientes do refúgio e da área Bt. Nesta dissertação de mestrado, determinou-se a suscetibilidade larval da lagarta-do-cartucho em diferentes ínstares a milhos Bt e testou-se o potencial da proteína albumina para estudos de marcação-recaptura de adultos de S. frugiperda e Helicoverpa zea (Lepidoptera: Noctuidae). Ao se expor larvas de populações de S. frugiperda com distintos perfis de resistência a toxinas Bt a folhagem de diferentes milhos Bt, a suscetibilidade variou com o perfil da resistência a Bt da população e com a idade larval (i.e., tempo de exposição) em dois dos três tipos de milho Bt testados. A sobrevivência larval da população resistente a toxina Cry1F aumentou de 8.33% (< 24h de idade) a 100% (larvas expostas com 10 dias) no milho piramidado Cry1A.105+Cry2Ab2. Em contrapartida, a população suscetível padrão apresentou alta mortalidade larval independentemente da idade de exposição ao milho Cry1A.105+Cry2Ab. Diferentemente do milho Cry1A.105+Cry2Ab, folhagem de milho Bt com a toxina Vip3Aa causou perto de 100% de mortalidade em larvas com até 10 dias de idade (máxima idade testada) independente do genótipo da população. Estes resultados indicam que a resistência prévia a certas toxinas Bt pode reduzir a suscetibilidade a alguns milhos Bt e que a toxina Vip3Aa tem grande potencial para o controle de populações de S. frugiperda resistentes a toxinas Cry, inclusive de larvas de último ínstar. No segundo estudo, a viipulverização de mariposas com albumina no laboratório resultou em 100% de indivíduos marcados de ambas as espécies e com cinco dias após a marcação a proteína foi adequadamente detectada. A maioria dos adultos pulverizados em gaiolas no campo também foram marcados pela proteína e esta foi detectada até cinco dias depois. Finalmente, a pulverização direta de albumina no campo resultou em 15% de adultos de H. zea marcados em 317 que foram coletados em armadilhas luminosas e de feromônio. Estes resultados demonstram que albumina é um potencial marcador que pode ser adotado para o estudo do comportamento de dispersão de S. frugiperda e H. zea. Em conjunto, os resultados desta dissertação devem auxiliar na tomada de decisões no manejo de populações da S. frugiperda e em futuras pesquisas relacionadas à adequada adoção de refúgio para manejo de resistência em culturas Bt.