Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2020 |
Autor(a) principal: |
Flores, Dienny Sthefani da Silva |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
|
Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
|
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: |
|
Link de acesso: |
https://locus.ufv.br//handle/123456789/27729
|
Resumo: |
A Bacia do Rio Doce é uma das principais bacias hidrográficas do estado de Minas Gerais, cujos recursos naturais e minerais têm sido explorados desde o processo de ocupação e desenvolvimento da região. No dia 05 de novembro de 2015, a Bacia do Rio Doce sofreu o que foi considerada a maior tragédia ambiental do país, no qual a Barragem de Fundão, pertencente à Samarco Mineração S.A. se rompeu, lançando cerca de 45 milhões de m3 de rejeitos de mineração no meio ambiente. A lama de rejeitos, canalizada pelo Rio Doce, causou a morte de 19 pessoas, poluiu as águas desde o local do rompimento, devastou matas ciliares remanescentes, soterrou formas vegetais de pequeno porte e bancos de sementes, dificultando assim processos de recuperação natural e sucessão das áreas atingidas. Sabendo da importância dos serviços de polinização realizada por abelhas sem ferrão para a regeneração da vegetação nativa, este trabalho teve como objetivo selecionar genótipos prioritários para a formação de populações de duas espécies de abelhas sem ferrão, Tetragonisca angustula e Melipona quadrifasciata. Popularmente conhecidas como Jataí e Mandaçaia, respectivamente, a reintrodução e aumento populacional destas abelhas nas áreas atingidas pelo rompimento da Barragem de Fundão, podem contribuir com a restauração ativa das áreas degradadas. Abelhas de ambas as espécies foram amostradas de populações nativas e de meliponários, em pontos localizados na região metropolitana de Belo Horizonte e na região de Mariana. Fragmentos do gene COI (citocromo oxidase I) foram utilizados para análise de estruturação populacional. Os resultados obtidos mostraram que existe uma estruturação populacional de T. angustula, sendo que, abelhas coletadas na região de Mariana formam grupos geneticamente diferentes de outras localidades amostrais. Para M. quadrifasciata não houve estruturação populacional, no entanto, haplótipos coletados em Mariana são exclusivos desta região. Desta forma, estratégias de reprodução de colônias e reintrodução na natureza devem considerar como prioritários os genótipos manejados localmente ou capturados diretamente na natureza por meio de ninhos-iscas na região de Mariana-MG. Os resultados obtidos reforçam a importância do estudo populacional previamente à tomada de decisões sobre reintrodução de colônias, para que esta seja feita de modo a respeitar a genética de populações locais, resguardando a saúde de colônias que serão deslocadas e garantido a sobrevivência e o crescimento populacional destes polinizadores. Palavras-chave: Abelhas sem ferrão. Reintrodução de colônias. Restauração ativa. Meliponicultura. Genotipagem. Tetragonisca angustula. Melipona quadrifasciata. |