Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2004 |
Autor(a) principal: |
Costa, Mauro Junior Natalino da |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Tese
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/10182
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Resumo: |
A ocorrência da ferrugem no Brasil tem limitado a produção obtida dos cafeeiros. Os cultivares mais utilizados são suscetíveis à doença, tais como o Catuaí e o Mundo Novo, contudo, genótipos com resistência horizontal e grande potencial para a utilização como cultivares têm sido obtidos. Considerando a importância da doença para o cafeeiro, avaliaram-se neste trabalho: (i) a capacidade produtiva e o desenvolvimento da ferrugem em progênies de Catimor, portadoras de genes que controlam as resistências vertical e horizontal; (ii) a segregação dos descendentes quanto à reação ao patógeno; (iii) a dose gênica para a resistência horizontal nos descendentes; (iv) o efeito de níveis de produção em plantas de Catuaí no desenvolvimento da ferrugem e (v) o teor de nutrientes e de carboidratos nas folhas das plantas atacadas pela doença. Pelos resultados obtidos, as progênies híbridas UFV 5550, UFV 6861, UFV 6870, UFV 6831 e UFV 6834 apresentaram-se excelentes em produtividade (P < 0,05), semelhantemente ao cultivar Catuaí. As progênies UFV 5530, UFV 5451, UFV 5550, UFV 6903 e UFV 5464 não apresentaram doença. Uma correlação positiva e significativa (r = 0,56) foi encontrada entre incidência de ferrugem e produtividade em progênies de Catimor. Os descendentes variaram quanto à reação à ferrugem, desde resistência completa a alta suscetibilidade, sendo que a maioria situou-se nos níveis intermediários, evidenciando a presença de resistência horizontal nos genótipos. Comparado ao cultivar Catuaí, conclui-se que os genótipos estudados possuem resistência horizontal, sendo que o número médio de lesões e a área foliar lesionada foram 13 e 21 vezes menores, respectivamente, em UFV 6866, além disso, a esporulação alcançou apenas a nota 0,1 em UFV 6870, baixa se comparada ao Catuaí, que apresentou nota 3,6. O período de incubação nos genótipos estudados variou de 18 a 36 dias e o período latente variou de 20 a 46 dias. Ao estudar a relação entre os níveis de produção e a doença no cultivar Catuaí, foi observado que a presença dos frutos, em fase inicial de desenvolvimento, foi suficiente para o estabelecimento da doença, diferente do que ocorreu quando haviam apenas flores. Quando as plantas tiveram todos os frutos em fase inicial de desenvolvimento desbastados, a doença decresceu. A ferrugem atingiu maiores proporções a partir de janeiro, atingindo o pico na época da colheita, em julho. O patógeno chegou a atingir 95% das folhas quando a produção foi de 62,75 sacas por hectare, e 49% de área foliar infectada, em média, no final do experimento. Pelo menos 60% da variação entre os níveis de doença pode ser explicada pela variação da produção. Correlações de até 78% foram obtidas entre a severidade da ferrugem nas plantas e a produção. A área abaixo da curva do progresso da doença não diferenciou níveis de produção, mas separou as plantas sem carga (P < 0,05). Pelo menos 74% da variação entre os teores de potássio nas folhas foi explicada pela variação da produção, bem como 51% para fósforo e de 45% para cobre, evidenciando que houve desvio dos mesmos para os frutos, permitindo que as folhas se tornassem mais suscetíveis ao ataque da ferrugem. Houve redução no teor de potássio em função dos níveis de produção desde o início da produção de frutos, diferente dos outros elementos. Os teores de carboidratos variaram principalmente nas épocas, influenciados pelo crescimento vegetativo ou reprodutivo e pelas condições climáticas. Os teores dos carboidratos nas folhas das plantas que não tiveram os frutos retirados foram inferiores àqueles encontrados nas folhas das plantas sem frutos. Tal fato provavelmente ocorreu devido ao desvio dos mesmos para a formação dos frutos e pela necrose acentuada das folhas, provocada pelo patógeno. |