Aspectos fisiológicos e anatômicos de goiaba Pedro Sato em desenvolvimento
Ano de defesa: | 2009 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Controle da maturação e senescência em órgãos perecíveis; Fisiologia molecular de plantas superiores Doutorado em Fisiologia Vegetal UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/974 |
Resumo: | Frutos de goiabeira Pedro Sato foram acompanhados desde a sua formação até a senescência nas plantas, pelo período de 138 dias. As avaliações de peso, volume, diâmetros transversal e longitudinal indicaram que os frutos apresentaram curvas de crescimento do tipo sigmoidal simples, sendo que a etapa de crescimento rápido compreendeu o período entre o 77º e o 110º dias após a antese. As maiores taxas respiratórias foram observadas no início da formação dos frutos e o pico climatérico de produção de CO2 após o completo amadurecimento dos frutos. Com o progresso do amadurecimento, a partir do 110º dia, houve diminuição nos valores de ângulo hue para a cor da casca, relacionada à queda nos teores de clorofila e aumento nos teores de carotenóides, com posterior redução em seus teores. Os teores de sólidos solúveis aumentaram, enquanto a firmeza dos frutos foi reduzida ao longo do processo de amadurecimento. As análises de danos celulares indicaram aumento progressivo no conteúdo de aldeído malônico ao longo do amadurecimento e redução nos teores de ascorbato e de carotenóides indicando a ocorrência de surto oxidativo. Foi observado aumento na produção de peróxido de hidrogênio a partir de 117 dias após a antese. Houve redução na atividade da redutase da glutationa no momento em que houve queda nos níveis de ascorbato, sugerindo um possível comprometimento do ciclo ascorbatoglutationa. Em relação à estrutura do mesocarpo dos frutos, constatou-se que a polpa é constituída basicamente por células parenquimáticas, esclereídes e feixes vasculares. Considerando-se apenas as células parenquimáticas, foi observado alto conteúdo de compostos fenólicos intracelulares aos 31 e 62 dias após a antese e sua diminuição progressiva ao longo do tempo. As células parenquimáticas apresentaram aumento de volume do 62º até o 110º dia após a antese, quando se iniciou o processo de degradação da parede celular, observável pela desorganização dos compostos pécticos da lamela média e pela presença de material fibrilar nos espaços intercelulares junto à face externa das paredes celulares. Aos 110 dias após a antese os frutos já podem ser colhidos, uma vez que foram alcançados os parâmetros de qualidade e inicia-se o processo de degradação da parede celular. Aos 124 dias após a antese já era possível observar a perda completa de adesão entre as células, sendo que a degradação máxima das células parenquimáticas ocorreu aos 138 dias, período em que os espaços intercelulares já eram muito grandes e preenchidos por material fibrilar. Aos 15 dias após a antese, os cloroplastos apresentavam início de organização granal, com pilhas de lamelas longas. A organização da grana persistiu até o 88º dia, embora nesta data já fosse possível observar o aparecimento dos primeiros plastoglóbulos, cujo número aumentou muito aos 110 dias, quando já havia perda da organização granal. A partir do 124º dia os cloroplastos já haviam sido completamente transformados em cromoplastos. As mitocôndrias permaneceram visualmente íntegras até o 131º dia após a antese, sendo observada apenas ligeira desorganização em seu envelope aos 138 dias após a antese. |