Agricultura Familiar em Transição Agroecológica: um olhar sobre a comercialização de leite e derivados em municípios da Zona da Mata Mineira

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2017
Autor(a) principal: Santos, Priscila Alves dos
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/21680
Resumo: A agricultura familiar ocupa lugar de destaque no contexto rural, pois se faz presente em 84,4% do total de estabelecimentos rurais e é responsável por 38% do valor bruto da produção agropecuária nacional. Mesmo diante deste cenário, as legislações vigentes potencializam a produção e beneficiam somente as grandes indústrias, impedindo, assim, que os/as pequenos/as agricultores/as familiares consigam se inserir no cenário de comercialização, principalmente de produtos de origem animal (leite e derivados). O objetivo central deste estudo foi avaliar os limites e possibilidades da comercialização desses produtos por agricultores/as familiares em transição agroecológica da Zona da Mata Mineira, considerando o marco legal nacional e estadual (Minas Gerais). Para isso, utilizamos as entrevistas semi estruturadas, análise de conteúdo e a observação participante como opção teórica e metodológica. Foram realizadas 12 entrevistas com agricultoras e agricultores familiares dos municípios de Viçosa, Muriaé e Divino que tinham em comum a produção leiteira, o processamento e a comercialização dessa matéria prima, além de estarem em processo de transição agroecológica. A partir das narrativas das/os participantes e da análise documental foi possível evidenciar que apesar de mudanças e reformulações as legislações federais e estaduais ainda não contemplam os/as pequenos/as agricultores familiares. Mesmo que o discurso a respeito e suas próprias designações remetam a esses/as protagonistas em questão, as leis ainda mantém o caráter industrial que não se adequa a realidade dos/as mesmos/as, portanto, as mesmas ainda são pensadas, redigidas e sancionadas com intuito de favorecer as grandes indústrias laticinistas.