Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: |
2014 |
Autor(a) principal: |
Pereira, Wander Douglas |
Orientador(a): |
Não Informado pela instituição |
Banca de defesa: |
Não Informado pela instituição |
Tipo de documento: |
Dissertação
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Tipo de acesso: |
Acesso aberto |
Idioma: |
por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
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Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: |
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Link de acesso: |
http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/6281
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Resumo: |
A adubação verde apresenta grande potencial para incrementar matéria orgânica do solo (MOS) e N no sistema agrícola, possibilitando promover diversos benefícios em propriedaFitotecniades físicas, químicas e biológicas do solo. Conhecer, ao longo do tempo, a dinâmica de C e N em frações da matéria orgânica do solo, bem como as perdas por volatilização de amônia, torna-se importante a fim de melhor compreender o assunto e aumentar os benefícios da adubação verde para o sistema agrícola. Objetivou-se com este trabalho estudar a dinâmica do C e N em frações da MOS e as perdas por volatilização de amônia, após a adubação do cafeeiro com Crotalaria juncea e sulfato de amônio. O experimento foi conduzido em ambiente protegido, em vasos de 150 dm3 e 0,59 m2 de área superior, contendo um cafeeiro (Coffea arabica L.) cultivar Catuaí 44 com dois meses de idade após o transplantio. Este trabalho foi conduzido em cinco repetições, com um tratamento e avaliações ao longo do tempo. Foi aplicado aos vasos 280 g de material orgânico proveniente da parte aérea da crotalaria (4,75 Mg ha-1 e teor de N na matéria seca de 3,4%), visando fornecer parte da dose de N recomendada para a cultura do café. O restante da dose de N foi fornecido na forma de sulfato de amônio. As adubações de plantio forneceram 16,8 g/vaso de N, sendo 9,6 via leguminosa e 7,2 g/vaso de N via sulfato de amônio. Logo após a distribuição da leguminosa aos vasos com cafeeiros foram instalados coletores de amônia classificados como semi-aberto e estáticos. No interior desses tubos foi adicionada a leguminosa na mesma proporção aplicada aos vasos. Nesses tubos haviam espumas embebidas com ácido sulfúrico e glicerina, que captavam a amônia volatilizada. As espumas foram trocadas aos 1, 2, 3, 4, 5, 6, 9, 12, 15, 18, 25, 32, 67 e 123 dias após a instalação dos coletores. Determinou-se o N retido nas espumas. Altas taxas de volatilização de amônia ocorreram logo nos primeiros dias após a aplicação da leguminosa. Mais de 50% da amônia volatilizada no período avaliado foi perdida após nove dias da instalação do experimento. Após 30 dias a volatilização de amônia se equivaleu a 10,7% do total de N aplicado, e a 14,6% após 123 dias. Para estudar a dinâmica do C e N no solo e em frações da MOS foram coletadas amostras de solo dos vasos nas profundidades 0-5 cm e 5-10 cm. A primeira coleta foi realizada antes da aplicação da crotalária e sulfato de amônio, sendo considerada a testemunha. Outras cinco coletas foram realizadas a cada dois meses a partir da aplicação da leguminosa e sulfato de amônio, aos 60, 120, 180, 240 e 300 dias. Entre 240 e 300 dias foi realizada parte da adubação nitrogenada de primeiro ano pós- plantio, quando foi aplicado 15 g/vaso de N. Foi realizado o fracionamento densimétrico e granulométrico a fim de se obter as frações matéria orgânica leve livre (MOL livre), matéria orgânica particulada (MOP) e matéria orgânica associada aos minerais (MOM). Determinou-se os estoques de CO e N nas frações da MOS e também no solo. Na camada 0-5 cm, o estoque de CO no solo e na MOM apresentou reposta linear crescente, linear decrescente na MOP e quadrática na MOL livre, com incremento inicial nos valores. Já na camada 5-10 cm os estoques de CO no solo e na MOM apresentaram resposta quadrática com queda inicial nos valores. Na MOP a resposta foi quadrática com incremento inicial nos valores, enquanto que na MOL a resposta foi linear decrescente. A variação no estoque de CO (ΔEstCO) do solo foi positiva em todas as avaliações em relação à testemunha, em ambas as camada. As frações da MOS apresentaram ΔEstCO positivas na maior parte do tempo. Os estoques de N no solo, MOM e MOP apresentaram respostas quadráticas com queda inicial nos valores, na camada 0-5 cm. Na MOL livre a resposta foi também quadrática, porém com incremento inicial nos valores. Na camada de 5-10 cm não houve alteração significativa nos estoques de N do solo, MOM e MOP. Enquanto que na MOL livre o estoque de N apresentou resposta linear decrescente. A variação no estoque de N (ΔEstN) ficou positiva na maior parte do tempo no solo, MOL livre e MOP, na camada 0-5 cm, em relação à testemunha. Já na camada 5-10 cm a ΔEstN foi sempre negativa no solo, MOP e MOM. Somente a fração MOL livre apresentou ΔEstN positiva, na camada 5-10 cm. Nas condições desse experimento, ocorrem altas taxas de volatilização de amônia logo após a adubação do cafeeiro com C. juncea e sulfato de amônio. A variação no estoque de COT do solo foi positiva durante todo tempo de avaliações, em ambas as camadas, permitindo conservar carbono no solo. A prática adotada foi eficiente para manter positiva a variação no estoque de N no solo e em frações da matéria orgânica do solo na maior parte do tempo somente na camada de 0-5 cm. A maior parte do N aportado ao solo foi rapidamente incorporado às frações mais estáveis da MOS. |