Utilização de fontes oleofílicas de nitrogênio e fósforo para biorremediação de petróleo em areia de praia

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2011
Autor(a) principal: Oliveira, Carla Gabriela Braga de
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
BR
Associações micorrízicas; Bactérias láticas e probióticos; Biologia molecular de fungos de interesse
Mestrado em Microbiologia Agrícola
UFV
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://locus.ufv.br/handle/123456789/5346
Resumo: A degradação de hidrocarbonetos de petróleo por micro-organismos em ambientes costeiros é uma estratégia extremamente interessante de remediação desses compostos enquanto contaminantes ambientais. No entanto, essa biodegradação é frequentemente limitada pela disponibilidade de nutrientes, principalmente nitrogênio e fósforo. Neste trabalho foi comparado o efeito da adição de fontes de nitrogênio e fósforo solúveis em água (uréia e KH2PO4) e oleofílicas (resina uréia-formaldeído e lecitina de soja) sobre a degradação de petróleo cru, em microcosmos de areia de praia, por micro-organismos nativos ou adicionados em consórcios. As fontes de nutrientes foram ainda comparadas quanto a sua retenção no sedimento contaminado após trocas diárias de água. Para isso, realizou-se contagens de UFC.mL-1 e análises da concentração de nitrogênio e de fósforo na água. O óleo remanescente na areia foi extraído com hexano e quantificado por espectrofotometria, sendo a degradação correspondente a diferença entre as quantidades inicial e final de petróleo. Verificou-se que os nutrientes hidrossolúveis não permaneceram no sedimento, mas foram gradativamente lavados pela remoção diária de água. Um comportamento inverso ocorreu para os nutrientes oleofílicos, sendo essa uma característica desejável para sua aplicação em ambientes com intensa ação de ondas e marés. Apesar da maior retenção de nutrientes quando esses são oleofílicos, não se verificou diferenças consideráveis nas contagens microbianas entre os dois tratamentos. Além disso, a degradação do óleo ocorreu principalmente naqueles microcosmos supridos com os nutrientes solúveis em água. Embora os micro-organismos inoculados sejam capazes de utilizar as fontes oleofílicas como nutrientes, estudos mais detalhados da concentração a ser aplicada e da disponibilização desses nutrientes para os micro-organismos são necessários, a fim de se maximizar o estímulo gerado.