Adiposidade corporal e pressão arterial ambulatorial : resultados do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil)
Ano de defesa: | 2021 |
---|---|
Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Dissertação |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
Ciência da Nutrição |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
|
Departamento: |
Não Informado pela instituição
|
País: |
Não Informado pela instituição
|
Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | https://locus.ufv.br//handle/123456789/32228 |
Resumo: | Estudos sobre a associação entre obesidade e pressão arterial (PA) ambulatorial são escassos, e a maioria investigou essa relação utilizando somente o índice de massa corporal (IMC) como indicador de adiposidade. Assim, o objetivo deste estudo foi avaliar a relação da adiposidade corporal com a PA ambulatorial entre participantes do Estudo Longitudinal de Saúde do Adulto (ELSA-Brasil). Inicialmente, foi realizada uma revisão sistemática, baseada nas recomendações do Preferred Reporting Items for Systematic Reviews and Meta-Analyzes (PRISMA), cuja busca foi realizada no Cochrane Library, Web of Science e Pubmed. Foram incluídos estudos originais que avaliaram a associação de pelo menos um indicador de adiposidade (exposição) com parâmetros derivados da MAPA (desfecho). Em seguida, um estudo transversal foi conduzido com subamostra do ELSA-Brasil, composta por 812 participantes do centro de investigação da Fiocruz-RJ que realizaram a MAPA concomitantemente à segunda onda de coleta de dados do estudo (2012-2014). Foram coletados dados sociodemográficos, comportamentais, antropométricos (peso, altura e perímetro da cintura (PC)), e gordura corporal por bioimpedância, e foram calculados o índice de massa corporal (IMC) e a relação cintura-estatura (RCE). A PA foi mensurada pela MAPA de 24 horas (h), e foram avaliadas a média e a variabilidade da PA sistólica (PAS) e diastólica (PAD) nas 24h, vigília e sono, o descenso noturno e a elevação matinal. Modelos de regressão gamma e logística, bruto e ajustados por fatores de confusão, foram empregados para investigar as associações entre os diferentes indicadores de adiposidade e a PA ambulatorial. Na revisão sistemática, foram incluídos 11 artigos originais. Foi observada associação significante do IMC com a média da PAS e PAD durante as 24h, na vigília e no sono, com a variabilidade pressórica, e com o descenso noturno, hipertensão do avental branco (HAB) e hipertensão mascarada (HM). Dentre os poucos estudos que consideraram outros indicadores além do IMC, verificou-se associações mais consistentes com o perímetro da cintura (PC) comparado ao IMC. Quanto ao artigo original, o excesso de peso (IMC), a obesidade abdominal (PC) e o risco aumentado (RCE) se associaram positivamente à média da PAS nas 24h, na vigília e no sono; para a média da PAD, associações foram observadas com o risco aumentado nos três períodos avaliados, e com a obesidade abdominal no período da vigília. O excesso de peso, a obesidade abdominal e o risco aumentado foram positivamente associados à variabilidade da PAS nas 24h e no sono, e à variabilidade da PAD em todos os períodos; o excesso de gordura corporal se associou positivamente apenas à variabilidade da PAD nas 24h e na vigília. Finalmente, o risco aumentado e o excesso de GC foram associados a maiores chances de descenso noturno acentuado, enquanto a obesidade abdominal e o risco aumentado se associaram com maiores chances de uma elevação matinal diastólica exacerbada. Em conclusão, indicadores de adiposidade foram associados à média e variabilidade da PA, descenso noturno e elevação matinal, com resultados mais consistentes para indicadores de adiposidade central comparados aos demais. Palavras-chave: Obesidade. Hipertensão. Monitorização ambulatorial da pressão arterial. Antropometria. Revisão sistemática. |