Coexistência e evolução molecular de populações de begomovírus na planta não-cultivada Sida acuta
Ano de defesa: | 2014 |
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Autor(a) principal: | |
Orientador(a): | |
Banca de defesa: | |
Tipo de documento: | Tese |
Tipo de acesso: | Acesso aberto |
Idioma: | por |
Instituição de defesa: |
Universidade Federal de Viçosa
BR Etiologia; Epidemiologia; Controle Doutorado em Fitopatologia UFV |
Programa de Pós-Graduação: |
Não Informado pela instituição
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Departamento: |
Não Informado pela instituição
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País: |
Não Informado pela instituição
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Palavras-chave em Português: | |
Link de acesso: | http://locus.ufv.br/handle/123456789/1064 |
Resumo: | A família Geminiviridae inclui vírus cujos genomas são compostos por uma ou duas moléculas de DNA fita simples circular, encapsidadas por uma única proteína estrutural em partículas icosaédricas geminadas. A família é composta por sete gêneros definidos com base no tipo de inseto vetor, gama de hospedeiros, relacionamento filogenético e organização genômica. Os vírus pertencentes ao gênero Begomovirus possuem um ou dois componentes genômicos, são transmitidos pela mosca-branca Bemisia tabaci e infectam plantas dicotiledôneas. A incidência de begomovírus em plantas cultivadas e não- cultivadas vem sendo relatada no Brasil desde a década de 1950, inicialmente em malváceas e leguminosas, e a partir da década de 1990, após a introdução do biótipo B de B. tabaci, também em solanáceas. Diversos estudos já foram realizados para caracterizar os begomovírus que ocorrem em tomateiro e feijoeiro no Brasil, e para avaliar a variabilidade genética das populações virais em plantas cultivadas. Estudos determinando a estrutura genética e dinâmica de populações de begomovírus em hospedeiros não-cultivados são menos frequentes, embora seja aceito que estes hospedeiros atuem como fonte de inóculo, podendo portanto contribuir para epidemias em hospedeiros cultivados. Este trabalho teve como objetivos caracterizar e estudar a variabilidade genética de populações de begomovírus infectando a planta não-cultivada Sida acuta em uma área de 10.000 m2. Os resultados indicam uma alta variabilidade entre os isolados, com três novas espécies de begomovírus cujos nomes propostos são Sida acuta mosaic virus (SAMV), Sida golden yellow mosaic virus (SiGYMV) e Sida yellow spot virus (SiYSV). A população de SAMV vi está subdividida em três estirpes (S1/S2/S3), com mutações pontuais nos genes CP e Rep separando as três estirpes, inclusive com uma possível diferença fenotípica entre as estirpes S1 e S2. Mesmo na pequena área amostrada foram encontradas plantas com infecção mista e pseudo-recombinação entre estirpes. Os clones pertencentes às espécies SiGYMV e SiYSV apresentam uma organização genômica relacionada a begomovírus presentes no "Velho Mundo" (Europa, Ásia e África) com a presença de uma ORF tipo AV2 existente apenas em begomovirus daquela região, e de motivos conservados nas sequências dos genes CP e Rep também existentes apenas nos begomovírus do Velho Mundo. Conclui-se que a grande diversidade de espécies e variabilidade genética dos begomovírus pode ser amostrada mesmo em pequenas áreas. |