Identificação de barreiras arquitetônicas na percepção de idosos, Viçosa-MG

Detalhes bibliográficos
Ano de defesa: 2000
Autor(a) principal: Ferreira, Eliane de Fátima
Orientador(a): Não Informado pela instituição
Banca de defesa: Não Informado pela instituição
Tipo de documento: Dissertação
Tipo de acesso: Acesso aberto
Idioma: por
Instituição de defesa: Universidade Federal de Viçosa
Programa de Pós-Graduação: Não Informado pela instituição
Departamento: Não Informado pela instituição
País: Não Informado pela instituição
Palavras-chave em Português:
Link de acesso: http://www.locus.ufv.br/handle/123456789/10988
Resumo: Esta pesquisa visou identificar a percepção dos idosos quanto a barreiras arquitetônicas em suas residências e possíveis ajustes habitacionais necessários ou já realizados, considerando-se alguns aspectos demográficos, socioeconômicos e epidemiológicos. Para atingir os objetivos propostos foram feitas, como estratégia de coleta de dados, entrevistas com 50 pessoas, de idade igual ou superior a 60 anos de idade, residentes na zona urbana de Viçosa. Por tratar-se de pesquisa exploratória e pela natureza dos dados, as técnicas escolhidas, para análise destes, foram a distribuição de freqüência simples e a análise das porcentagens. Os dados indicaram que os idosos, em sua maioria, eram do sexo feminino, com idade média de 72 anos; moravam acompanhados; possuíam nível de escolaridade correspondente ao ensino fundamental completo; eram aposentados e recebiam rendimentos inferiores a três salários mínimos. Quase todos moravam, havia mais de 15 anos, em casas próprias. A maioria apresentava algum tipo de patologia, como a hipertensão arterial, o diabetes, a artrite e a artrose, associada à deficiência visual e auditiva. Em relação aos acidentes domésticos que ocorreram nos últimos cinco anos, verifica-se que 16 idosos sofreram algum tipo de acidente, sendo a queda o mais citado, resultando em fraturas de 11 idosos. Dentre as barreiras arquitetônicas mais comuns, o maior problema estava no piso, por ser este escorregadio e, ou, apresentar desnível. No banheiro, os idosos citaram da altura inadequada do vaso sanitário e a dificuldade no manuseio das torneiras. Esta última dificuldade foi constatada também na cozinha, além da posição inadequada do fogão e da altura da pia. No quarto, os interruptores situados distantes da cabeceira da cama e a altura inadequada da cama foram as principais barreiras citadas, enquanto na sala, as janelas e maçanetas, de difícil manuseio, também foram apontadas. A área externa da residência foi o local que apresentou o maior índice percentual de barreiras arquitetônicas, em razão da existência de escadas. Quase a metade dos idosos havia realizado reformas, sendo as mais comuns a troca de piso e a pintura nas paredes. Ao mesmo tempo, a outra metade da amostra pretendia fazer algum tipo de ajuste na residência, enquanto a maioria dos idosos não pretendia fazê-lo. Portanto, apesar de os idosos constataram as barreiras arquitetônicas em todos os cômodos analisados, todos os ajustes, tanto os já efetuados quanto os a serem efetuados, não foram e nem serão realizados para melhor atender às necessidades dos idosos, já que o principal motivo destes era a estética, com vistas na manutenção das residências.